São Paulo, sexta-feira, 14 de maio de 2010

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Sarney rebate Jucá e diz que "ficha limpa" é prioridade

Para deputados, eleitor tem que ter ficha limpa também

NOELI MENEZES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB), afirmou ontem que discorda da declaração do líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB), -para quem "o governo não tem compromisso" em aprovar o projeto da ficha limpa até 6 de junho, de modo que a lei valha para eleições deste ano. Anteontem, Jucá disse que o marco regulatório do pré-sal é prioridade.
"Não vi isso até agora como uma posição de governo. [...] E ele então está fazendo uma avaliação pessoal, que não é a minha avaliação pessoal."
Ele disse que o Senado precisa fazer um esforço para votar o projeto -que pretende proibir a candidatura de quem tem problemas com a Justiça- e que vai se reunir com os líderes partidários para que a análise ocorra "com a maior urgência".
O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), Demóstenes Torres (DEM), relator do projeto, afirmou que vai apresentar seu parecer na próxima quarta-feira sem fazer modificações no texto aprovado pela Câmara.
Em audiência para discutir o voto de presos provisórios, deputados contestaram o esforço da Justiça para garantir a aplicação da lei. Dizem eles que o eleitor também precisa ter a "ficha limpa". Para o deputado Marcelo Itagiba (PSDB), não há motivo para incentivar o voto de presos porque foi a própria Justiça que os condenou. "Ficha limpa não deveria ser exigida do representante e do representado?", questionou.


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