DENISE MADUEÑO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Após ser alvo de ataques do governo e do PSDB durante a semana, o PT ameaça associar o presidenciável tucano, José Serra, a especuladores financeiros, como o megainvestidor George Soros. O PT poderá usar o espaço no rádio e na TV do horário partidário destinado a programas regionais para pôr em prática a estratégia.
Nos últimos dias, o candidato petista à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, teve sua liderança em pesquisas de intenção de votos associada à instabilidade econômica do país. Os ataques governistas foram reforçados por Soros, que declarou à Folha que a vitória de Lula provocaria o caos no país, e pelo banco norte-americano Goldman Sachs, que criou o "lulômetro", ligando o candidato petista ao risco de investir no país.
"Não queremos fazer esse tipo de campanha, mas podemos utilizar nossos espaços para mostrar que o eleitor terá de escolher o Brasil e o Lula ou o Serra e o Soros", afirmou o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP).
Ontem, o PT divulgou uma cartilha, elaborada pela bancada do partido na Câmara, com denúncias de corrupção e irregularidades contra o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
A cartilha "O Brasil não esquecerá - 45 escândalos que marcaram o governo FHC com o apoio de José Serra" será encaminhada aos diretórios estaduais e municipais do partido para servir de munição para a campanha eleitoral. Entre eles estão: compra de votos para aprovar emenda que permitiu a reeleição de FHC, esquema de caixa dois usado nas campanhas que elegeram o presidente e aumento de casos da dengue.



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