São Paulo, sábado, 14 de junho de 2003 |
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PAINEL Com todas as letras Lula chamou João Paulo (Câmara) ontem de manhã no Alvorada para deixar claro que o governo não tem interesse na CPI do Banestado. Disse que a comissão paralisaria a tramitação das reformas por envolver políticos, que passariam a usá-las para chantagear o Planalto. Pro forma João Paulo prometeu a Lula que a CPI do Banestado será instalada, mas não funcionará na prática. A estratégia é impedir que as sessões tenham quórum. Céu estrelado Em depoimento secreto à Comissão de Segurança Pública, o delegado da PF Antônio Carlos de Carvalho revelou nomes de mais de 20 artistas, políticos, empresários, jogadores de futebol e empresários que teriam enviado dinheiro ilegalmente ao exterior pelo Banestado. Arquivo X Deputados da comissão ficaram surpresos com os nomes. Quem quer a CPI, passou a defendê-la com mais convicção. Quem se opõe, passou a atuar com mais força contra ela. "Se disser em público metade do que nos contou, haverá um terremoto", diz um parlamentar. Pavio longo Uma nova reunião com o delegado Carvalho foi marcada para a próxima quarta, quando ele promete entregar os extratos das cinco principais contas aos deputados da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Facilita o marketing Lula mudou o nome da Controladoria Geral da União. Agora, a pasta chefiada pelo ministro Waldir Pires chama-se Controle da Transparência. Primeiro protesto Parlamentares da esquerda que participaram do protesto de servidores contra a reforma da Previdência ficaram surpresos com a dimensão do ato, que contou com a participação de cerca de 30 mil pessoas. Temiam que a marcha fosse um fracasso. Sem o velho suporte O temor da esquerda de que pouca gente participasse do ato contra a reforma da Previdência de Lula tinha uma explicação óbvia: antigamente, manifestações desse tipo contavam com o apoio financeiro e de mobilização dos diretórios do PT. Tapas e beijos Dirigentes do PDT tentam convencer Miro Teixeira (Comunicações) a permanecer no partido. Às vezes, o tom da conversa é cordial -o argumento básico é o de que o governo naufragará. Em outros momentos, é duro, com ameaças de vingança. Na porta da igreja Miro almoçará na terça com a cúpula do PMDB. Antes da sobremesa, responderá definitivamente se entrará ou não na sigla. Sem substituto Piada que circula no Planalto: Aécio Neves (PSDB-MG) quer tanto agradar a Lula que até arrumou uma contusão no joelho jogando futebol, no melhor estilo petista. O governador foi operado anteontem e ficará seis meses longe dos gramados. Pronto-socorro Oito funcionários do Planalto pegaram pneumonia na última semana, a maioria na Casa Civil. Para evitar a propagação da doença, será feita uma limpeza no sistema de ar-condicionado durante o final de semana. Visitas à Folha A deputada estadual Havanir Nimtz, líder do Prona, visitou ontem a Folha. Estava acompanhada de Maysa Nimtz, chefe de gabinete, e do ex-vereador Paulo Roberto Faria Lima. Junji Abe, prefeito de Mogi das Cruzes, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Mel Tominaga, secretária de Comunicação Social, e de Rubens Figueiredo, consultor. TIROTEIO Do governador Paulo Hartung (PSB-ES), sobre a colega Rosinha Garotinho (PSB-RJ) ter convocado uma reunião de governadores após lançar um projeto prevendo a cobrança de ICMS sobre o petróleo produzido em seu Estado: - Eu me recusei a ir ao Rio de Janeiro discutir um factóide tributário. Essa lei da Rosinha é absolutamente inconstitucional e inconsequente. CONTRAPONTO Sono incontrolável
Depois de ter discursado por
mais de 40 minutos no encerramento do "Fórum São Paulo:
Governo Presente", em Ribeirão
Preto, há uma semana, o governador Geraldo Alckmin disse
que iria parar de falar para não
aborrecer os convidados. |
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