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Miro nega convite, mas
diz ter "portas abertas"
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Acuado pelo "fogo amigo" de
seu partido, o PDT, e as portas
abertas oferecidas pelo PMDB, o
ministro das Comunicações, Miro Teixeira, disse ontem sentir-se
confortável. "Não existem aflições
nem angústias. Existe é muito trabalho a fazer", disse ontem ao falar sobre o assunto pela primeira
vez. O PDT, partido do qual Miro
faz parte há cerca de 12 anos, rompeu com o governo federal e tenta
ser, agora, opositor das reformas
enviadas por Luiz Inácio Lula da
Silva ao Congresso.
Mas Miro desconversa e afirma
que as críticas de Brizola, não são
novidade em sua convivência
com outros integrantes do partido. E as divergências ainda não
chegaram ao ponto de fazê-lo se
preocupar com o assunto.
"Tem problema todo dia, há 12
anos. A política é isso aqui que estamos fazendo. Não tenho feito
avaliação político-partidária." A
distância de Brizola e Miro, que
não lembra sequer a última vez
que os dois conversaram, já motivou muitas especulações de que o
ministro deixaria o partido.
A diferença, no caso do PMDB,
é a "verossimilhança" da idéia,
uma vez que Miro foi fundador
do MDB, que deu origem ao partido, e que hoje negocia sua entrada na base aliada do governo.
Ele assegura que ainda não recebeu convite de nenhum partido
para uma nova filiação. "Não há
convites. O que há são portas
abertas", afirmou referindo-se
aos encontros com o PMDB.
Ontem, a Folha antecipou que
Miro tomou a decisão de entrar
no PMDB. Questionado sobre a
que portas se referia, disse que
não queria parecer uma "noiva"
enumerando seus pretendentes.
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