São Paulo, quarta-feira, 14 de julho de 2004 |
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Platéia vai pedir bis, diz novo diretor
IURI DANTAS UNIÃO INTERNA "Firmo agora
um compromisso de ser o porta-voz dos senhores em questões salariais e de carreira. Mas exijo
competência e seriedade neste
importantíssimo trabalho de inteligência. Eventuais descompassos
internos são coisas do passado.
Os senhores precisam saber, funcionários da Abin, os senhores
são anjos de uma asa só. (...) TRANSPARÊNCIA "Reitero o caráter democrático de minhas convicções e, para isso, levantei a bandeira da transparência. Mas que
não se confunda o interesse público com o interesse do público. (...)
Vamos banir preconceitos, apagar estigmas e, principalmente,
desmistificar a atividade de inteligência, imprescindível para a decisão estratégica do país." MOVIMENTOS SOCIAIS "Prefiro
falar de ameaças endógenas e
exógenas. Não quero criar o parâmetro de inimigo interno, que conhecemos do passado. O MST
[Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra] não é problema da Abin, o problema é a questão agrária. Da mesma forma, o
PCC [Primeiro Comando da Capital] não o é, o problema é a segurança pública. Temos de lidar
com o paradoxo do governo do
PT e as questões sociais. A ação da
Abin vai ser baseada na lei." ERROS DA ABIN"Reservo-me o
direito de não me manifestar sobre o que passou. Não sei como
foi. Se me perguntam se teria
ocorrido agora, na minha gestão,
é uma questão complicada. REELEIÇÃO DE LULA"Se o governo fosse um jogo de futebol, estaríamos a 34 minutos do primeiro
tempo. Estamos ganhando, fizemos gols. Levamos alguns cartões
amarelos, mas o estádio ovaciona.
Há uma pequena torcida barulhenta do contra, eu mesmo já tomei caneladas. (...) Tenho certeza
de que vamos ganhar de goleada.
No final do jogo, a torcida, extasiada com a atuação do time do
Estado, vai gritar "é campeão".
Não será surpresa se, ao final, a
torcida pedir "bis"." RELAÇÃO COM A MÍDIA"Na minha visão de democracia, a imprensa é o principal pilar do Estado democrático de Direito. E a liberdade de imprensa é o verniz
dessa pilastra. A imprensa não
pode ser atingida nem mesmo pelo braço da Justiça." CASO WALDOMIRO"Se estivéssemos investigando o Waldomiro,
seríamos criticados, por desvio da
finalidade, o SNI voltando a investigar. É uma questão delicada.
(...) Com a Polícia Federal, vamos
andar no fio da navalha sem se
machucar. Podemos colaborar.
Como? Com troca de eventuais
informações, com escola de inteligência e tudo. Não vamos criar
área de conflito com a competência da inteligência da PF." |
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