|
Próximo Texto | Índice
PAINEL
Vera Magalhães (interina) @ - painel@uol.com.br
Itamar dá o troco
O ex-presidente Itamar Franco se prepara para se
vingar do apoio dado por Lula para que Newton Cardoso o derrotasse na convenção do PMDB. Itamar telefonou para o presidente do PMDB, Michel Temer, e
anunciou que está pronto para declarar apoio ao tucano Geraldo Alckmin na sucessão presidencial.
A conversa se deu na quarta-feira, mesmo dia em
que Temer e outros caciques da ala oposicionista aderiram ao tucano. Sua presença está sendo tratada como a "cereja do bolo" do ato de apoio de boa fatia do
PMDB a Alckmin, numa resposta aos governistas que
fecharam com Lula. "Eles [lulistas] fizeram um carnaval, mas entregaram ao presidente os mesmos 30% do
partido que sempre tiveram", diz Eliseu Padilha (RS).
Xodó. Em meio ao bate-boca
entre governo e oposição, deputados da base de sustentação de Lula farão visita de solidariedade a Cláudio Lembo
(PFL) na segunda-feira. A iniciativa partiu de Luiza Erundina (PSB), mas vários petistas já confirmaram presença.
Briefing. Antes da reunião
em que definiu o pacote que
será levado hoje a Lembo, a
cúpula federal da segurança
se reuniu com Lula, pela manhã, no Alvorada. Relataram
antes ao presidente as medidas que seriam propostas.
Diga "xis". Aliados de Geraldo Alckmin dizem que o
encontro do candidato ontem
com Lembo foi principalmente para evitar que o governador, no futuro, volte a acusar o
antecessor de "falta de solidariedade". "Qualquer coisa temos a foto", diz um tucano.
Copyright. Coordenador
da área de segurança do plano
de governo de Lula, José Vicente Tavares é fã do polêmico Tolerância Zero, implementado em Nova York. Elogia a "limpeza" feita nas polícias, a rede de comunicação
montada e as ações sociais.
Cautela. O plano do PT descartará o endurecimento de
leis como a de crimes hediondos e de execuções penais,
consideradas inócuas.
Visões da crise. O site do
PFL se dedicou ontem quase
exclusivamente a reforçar as
acusações de Jorge Bornhausen sobre "elos" entre PT e
PCC. Já a página dos tucanos
não fez qualquer menção ao
caos na segurança paulista.
Ficção. Criada às pressas
após a onda de violência do
PCC em maio, a comissão da
Câmara para elaborar propostas para segurança nunca
se reuniu. PFL, PSB e PDT
nem indicaram membros.
Rush. O governo orientou os
ministros a cumprirem expediente pelo menos até as 17h
durante a semana. "Depois
disso, estamos liberados para
fazer campanha", diz Luiz
Marinho (Trabalho).
Preleção. Após voltar da
Rússia, na semana que vem,
Lula começará a chamar seus
ministros um a um para distribuir tarefas de campanha.
Alguns serão autorizados pelo
presidente a se licenciar.
Retardatário. José Ivo
Vannuchi, último representante da "turma de Ribeirão
Preto" na Fazenda, deixou
ontem o cargo de assessor
parlamentar. Vai ajudar o
amigo Antonio Palocci na disputa por uma vaga na Câmara.
Fora. Antonio Lavareda não
fará pesquisas para a campanha de Geraldo Alckmin. Mas
o cientista político, que divergiu da equipe de comunicação
do tucano, continuará trabalhando para o PFL e o PSDB.
Bicão. Rosinha Matheus subiu nas tamancas com o fato
de Lula ter faturado, ontem,
evento para o lançamento oficial do Pan 2007, no Rio. O ato
foi patrocinado pelo governo
do Estado e pelo COB.
Pausa. Enquanto a campanha começa a pegar fogo, o vice da presidenciável Heloísa
Helena (PSOL), Cesar Benjamin, tirou a semana para descansar no interior do Rio. Sem
acesso a internet ou fax.
Tiroteio
Não foram os petistas que levaram uma
advogada do PCC para negociar com os líderes
presos da facção criminosa, em avião do
governo do Estado de São Paulo.
Do deputado LUIZ EDUARDO GREENHALGH (PT-SP), rebatendo a associação feita pelo pefelista Jorge Bornhausen entre o PCC e o PT.
Contraponto
Público interno
Na reunião ministerial de terça, o presidente Lula repassou a sua equipe orientações para a campanha. Um
dos mais animados era seu vice, José Alencar, que a toda
hora fazia comentários entusiasmados, inclusive sobre a
economia. A atitude surpreendeu a todos, já que Alencar
passou o mandato inteiro reclamando dos juros altos.
Quando a reunião já estava acabando, Alencar pediu para sair. Precisava viajar a Minas Gerais. Ao ver o companheiro de chapa se levantar, Lula mandou um recado.
-Ô Zé, é para falar bem de mim lá em Minas, hein!
O vice sorriu amarelo e saiu de fininho, enquanto o presidente e os outros ministros se divertiam.
Próximo Texto: Serra endossa o PFL e diz ver indícios de elo entre PT e PCC Índice
|