São Paulo, sexta-feira, 14 de julho de 2006

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Sociólogo petista elogia ações feitas por governos tucanos na área da segurança

DA REPORTAGEM LOCAL

Convidado a coordenar a elaboração do programa de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a área de segurança pública, o sociólogo gaúcho José Vicente Tavares dos Santos considera um avanço a criação da Força Nacional de Segurança Pública pelo governo petista e afirma que "seria útil para a pacificação" da crise em São Paulo no mínimo um diálogo entre as polícias estaduais e a União "para que pudessem se nutrir dessa experiência nova".
Santos enfatiza que essas são as opiniões "do especialista, e não do coordenador do programa do PT".
A Força Nacional, diz ele, é um corpo de elite da polícia brasileira criado para suplementar as polícias estaduais em casos extremos. "A novidade é que se trata de um grupo altamente qualificado em ações policiais", afirma Santos.
Enquanto a crise em São Paulo coloca petistas e tucanos em lados opostos, o professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Sociologia pela USP e doutor pela Universidade de Paris X (Paris-Nanterre), há 22 anos filiado ao PT, valoriza experiências de vários governos, incluindo os do PSDB.
No governo Fernando Henrique Cardoso, o petista foi convidado para ser consultor da elaboração do Plano Nacional de Segurança.
Ele cita como positivas idéias de Mario Covas em São Paulo e experiências "muito interessantes" dos distritos-modelo na gestão Tasso Jereissati no Ceará, assim como elogia ações de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul e a administração inovadora do PT em Diadema.
"Há políticas de Estado que vêm se somando a esforços de pesquisadores nas universidades", afirma. Para o professor, o problema no Brasil é a insistência em buscar sempre soluções imediatistas.
O principal desafio do Plano Nacional de Segurança Pública, segundo ele, é garantir a unificação dos serviços policiais.
Santos convidará cerca de 40 pessoas, entre pesquisadores, delegados de polícia e oficiais da Polícia Militar, para a equipe que vai elaborar o programa de governo. Os nomes serão divulgados em três dias.
No dia 8 de agosto, o PT fará manifestações em dez capitais. O partido quer instituir o Dia Nacional da Segurança Pública. (MALU DELGADO)

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