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Garotinho pede "pauta prévia" a FHC
MURILO FIUZA DE MELO
DA SUCURSAL DO RIO
O presidenciável Anthony Garotinho (PSB) disse ontem que só
com uma "pauta prévia" aceitará
o convite do presidente Fernando
Henrique Cardoso para discutir o
acordo com o FMI.
"Quero saber o seguinte: "Nós
vamos lá apenas para ele fazer um
relato do acordo ou para que ele
peça a nossa opinião?". Se for simplesmente para referendar o que
já está discutido, o que eu vou fazer lá?", perguntou.
Assessores de Garotinho informaram, porém, que o encontro
entre os dois já havia sido agendado para a próxima segunda-feira.
O candidato disse que não tem
"nenhuma dificuldade" para conversar com o presidente, mas que
não irá se comprometer com os
termos do acordo. Para ele, o diálogo só teria valor se o governo
aceitasse ponderações dos candidatos. "Eu, por exemplo, sou contra a diminuição das reservas
[cambiais". Baixar para R$ 5 bilhões deixará o futuro governo
numa situação delicadíssima."
O presidenciável disse que soube do interesse do presidente em
chamá-lo para conversar por intermédio do assessor econômico
Tito Ryff. Segundo Garotinho,
Ryff recebeu um telefonema do
ministro Pedro Parente (Casa Civil). O ex-governador pediu, então, que Ryff dissesse que estava
disposto a conversar, se houvesse
uma pauta determinada.
Ciro e evangélicos
O candidato do PPS à Presidência, Ciro Gomes, tenta atrair os
votos dos eleitores evangélicos,
um reduto de Garotinho.
No domingo, Ciro encontrará o
presidente da Convenção Batista
do Brasil, pastor Nilson Fanini.
No dia 26, vai a jantar organizado
no Rio pela Associação dos Advogados Evangélicos do Brasil.
"Ciro é um homem muito preparado para governar o país. Ele
inclusive foi nosso aluno", disse
Fanini, referindo-se à universidade batista de Harvard (EUA), onde o candidato foi aluno-visitante.
Apesar do elogio, o pastor disse
que seu candidato ainda é Garotinho. "Mas nossa igreja é democrática. Qualquer um pode apoiá-lo [Ciro]. Não fazemos restrições." Ontem, Fanini se reuniu
com o ex-deputado Sérgio Arouca, do PPS, e com o presidente do
Meps (Movimento Evangélico
Popular Socialista), Ednaldo Carvalho, ligado ao partido.
Renúncia ao vivo
O candidato do PSB ao governo
de Goiás, Valdivino Borges, 51, renunciou no início da tarde de ontem à sua candidatura. O anúncio
foi feito durante uma entrevista
ao vivo no "Jornal do Almoço",
exibido pela "TV Anhanguera",
afiliada à Rede Globo no Estado.
Borges alegou "falta de estrutura para conduzir a companha".
Ele disse que a decisão, pessoal, já
vinha sendo discutida com o partido. Com a desistência, o PSB local passou a integrar movimento
que apóia a reeleição do governador Marconi Perillo (PSDB).
Colaborou a Agência Folha
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