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STF julga hoje caso dos
sem-terra em São Gabriel
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Em razão da urgência do tema,
o STF (Supremo Tribunal Federal) se antecipou em uma semana
e julgará a partir de hoje o decreto
do governo federal, depois suspenso judicialmente, que desapropriou a fazenda de 13,2 mil
hectares, de propriedade de Alfredo Southall, em São Gabriel (RS).
Tanto o advogado do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Jurandir da Silva,
quanto o advogado de Southall,
Cézar Carvalho, concordaram
com a decisão e se dizem otimistas quanto ao desfecho do caso.
Não há uma garantia de que hoje ocorra uma definição.
Os 800 sem-terra que realizam
marcha até o município em apoio
à desapropriação permaneceram
parados ontem. A Justiça gaúcha
decidiu pelo ""congelamento" da
marcha, medida que foi acatada.
O movimento nem sequer entrou com recurso no TRF (Tribunal Regional Federal). O frei Sérgio Görgen, deputado estadual
pelo PT e vinculado ao MST, e o
coordenador do movimento Mário Lill reuniram-se com o governador Germano Rigotto (PMDB)
para pedir que interceda no caso.
O objetivo do MST é celebrar
um acordo judicial, permitindo
que seguissem para uma fazenda
particular (o proprietário Antônio Carlos Pinto ofereceu ontem
uma área para o acampamento,
por prazo indeterminado), saindo da margem da BR-290.
Com essa permissão, haveria
uma espera pela decisão da Justiça e pela autorização judicial de
que a área de Southall seja ocupada legalmente.
(LÉO GERCHMANN)
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