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Banco oferecerá R$ 7,1 bilhões
para o financiamento da safra
da Sucursal de Brasília
O Banco do Brasil pretende destinar R$ 7,1 bilhões ao financiamento da safra agrícola de 1999/
2000. Os empréstimos terão um
subsídio do Tesouro Nacional
calculado em R$ 600 milhões.
Segundo o diretor de negócios
rurais do BB, Ricardo Conceição,
nesta segunda as agências do banco já terão R$ 845 milhões.
O dinheiro faz parte do plano de
safra anunciado pelo Ministério
da Agricultura, que destinará R$
13,1 bilhões ao crédito agrícola. O
BB responderá por R$ 7,1 bilhões.
Nem sempre os recursos anunciados pelo governo são efetivamente repassados. Na safra passada, o Ministério da Agricultura
anunciou a destinação de R$ 11
bilhões, mas foram liberados R$
7,6 bilhões. O BB respondeu por
R$ 6,051 bilhões (80%).
Os subsídios serão concedidos
para cobrir diferenças entre custos de captação e de empréstimo.
A maior parte dos empréstimos
rurais é concedida com juros
anuais prefixados de 5,75%, para
quem obtém renda bruta agrícola
anual de até R$ 27,5 mil, e 8,75%,
para renda acima daquele valor.
O BB paga juros altos para captar em duas fontes: caderneta de
poupança e FAT (Fundo de Amparo do Trabalhador).
O BB pretende usar R$ 1,6 bilhão em recursos do depósito
compulsório que o banco é obrigado a fazer no BC sobre parcela
dos depósitos em poupança.
Quando esse dinheiro fica retido no BC, o banco recebe sobre
eles uma remuneração equivalente à da caderneta. Ao emprestar
para a agricultura, o BB recebe
menos que na poupança.
Os financiamentos com recursos do FAT (R$ 2,05 bilhões) são
concedidos em duas linhas: o
Pronaf (Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura
Familiar) e o Proger (Programa
de Geração de Emprego e Renda).
Para usar esses recursos, o BB
paga ao FAT a variação da TJLP
(Taxa de Juros de Longo Prazo),
hoje em 13,48% anuais. Ao conceder os empréstimos ao pequeno
agricultor, o BB cobra juros de
5,75% anuais. A diferença é coberta por subsídios do Tesouro.
Não haverá subsídios do Tesouro para cerca de R$ 1 bilhão que o
BB pretende destinar à agricultura com recursos dos depósitos à
vista. Se não fossem emprestados
à agricultura, os recursos ficariam
retidos no BC sem remuneração.
Conceição disse que pretende
aplicar na agricultura recursos
captados por meio de linhas externas, mas não revelou o valor.
Na safra passada, quase não houve esse tipo de financiamento.
O diretor do BB disse ainda que
os empréstimos agrícolas concedidos a partir de 1995 têm inadimplência de cerca de 1,5%.
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