São Paulo, Sábado, 14 de Agosto de 1999
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Socorro do governo beneficiaria minoria

da Sucursal de Brasília

O socorro aos agricultores, da forma apresentada pela bancada ruralista, beneficiaria apenas 12% dos financiamentos, segundo estimativas do Banco do Brasil.
A maior parte do crédito, de quem paga em dia suas dívidas e não toma dinheiro em bancos, ficaria de fora do socorro.
O BB estima que só 25% dos recursos são emprestados dentro do sistema financeiro. Os empréstimos concedidos pelos bancos são calculados em R$ 38 bilhões, segundo Roberto Torres, gerente da área rural do BB.
A maioria, 75%, seria financiada por empréstimos concedidos diretamente por fornecedores e empresas que participam da comercialização da produção.
Mesmo entre os agricultores que devem para bancos, somente uma parcela menor, 40%, seria beneficiada. Essa é a parcela inadimplente ou privilegiada por renegociações anteriores.
Dentro do BB, o universo de potenciais beneficiados com o socorro é estimado em R$ 12 bilhões, considerando as dívidas vencidas até 20 de junho de 1995, data que serviu de base para o último pacote de socorro.
Esse grupo é formado pelos agricultores que renegociaram dívidas de até R$ 200 mil no pacote de 1995 (com dívida estimada em R$ 7,1 bilhão) e pelos grandes devedores que negociam divida de cerca de R$ 5 bilhões com o BB.
De acordo com estimativas do BB, o volume total de dívidas beneficiadas seria entre R$ 16 bilhões e R$ 18,5 bilhões, considerando que o socorro seria restrito a dívidas vencidas até 20 de junho de 1995. Os ruralistas estimam em R$ 23 bilhões o volume de dívida passível de ser beneficiado. Para tanto, consideram dívidas vencidas após 20 de junho de 1995.


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