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Socorro do governo beneficiaria minoria
da Sucursal de Brasília
O socorro aos agricultores, da
forma apresentada pela bancada
ruralista, beneficiaria apenas 12%
dos financiamentos, segundo estimativas do Banco do Brasil.
A maior parte do crédito, de
quem paga em dia suas dívidas e
não toma dinheiro em bancos, ficaria de fora do socorro.
O BB estima que só 25% dos recursos são emprestados dentro
do sistema financeiro. Os empréstimos concedidos pelos bancos
são calculados em R$ 38 bilhões,
segundo Roberto Torres, gerente
da área rural do BB.
A maioria, 75%, seria financiada por empréstimos concedidos
diretamente por fornecedores e
empresas que participam da comercialização da produção.
Mesmo entre os agricultores
que devem para bancos, somente
uma parcela menor, 40%, seria
beneficiada. Essa é a parcela inadimplente ou privilegiada por renegociações anteriores.
Dentro do BB, o universo de potenciais beneficiados com o socorro é estimado em R$ 12 bilhões, considerando as dívidas
vencidas até 20 de junho de 1995,
data que serviu de base para o último pacote de socorro.
Esse grupo é formado pelos
agricultores que renegociaram dívidas de até R$ 200 mil no pacote
de 1995 (com dívida estimada em
R$ 7,1 bilhão) e pelos grandes devedores que negociam divida de
cerca de R$ 5 bilhões com o BB.
De acordo com estimativas do
BB, o volume total de dívidas beneficiadas seria entre R$ 16 bilhões e R$ 18,5 bilhões, considerando que o socorro seria restrito
a dívidas vencidas até 20 de junho
de 1995. Os ruralistas estimam em
R$ 23 bilhões o volume de dívida
passível de ser beneficiado. Para
tanto, consideram dívidas vencidas após 20 de junho de 1995.
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