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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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Imagens são consideradas milagreiras

DO ENVIADO ESPECIAL A MONTE SANTO

Marcos Vinicius da Silva Cordeiro, 28, funcionário público de Monte Santo, depositou dois olhos na capela da Santa Cruz por acreditar que Nossa Senhora das Dores concedeu-lhe um milagre: ele perdera a visão de um dos olhos, com o outro só via vultos e hoje enxerga perfeitamente.
"Eu fiquei quase cego. Andava pela casa batendo nas quinas porque não enxergava quase nada. Eu só podia sair na rua de óculos escuros porque o sol machucava", conta.
Foi a Salvador se tratar com o oftalmologista Harley Spínola e seis meses depois ouviu o médico perguntar-lhe se acreditava em milagres. Integrante da Irmandade da Santa Cruz, que toma conta das capelas do santuário, ele respondeu que sim. "Eu sou crente, mas o oftalmologista me disse que não havia explicação científica para o que tinha acontecido."
A dona-de-casa Joanita Alvina Campos, 77, que sai nas procissões de Monte Santo desde os 12 anos, conta que tinha um mioma no útero, para o qual o seu médico não via possibilidade de cura. Fez uma cirurgia há 16 anos só por "desencargo de consciência". "Mas foi Nossa Senhora das Dores que me curou. A medicina aqui é muito atrasada."
Josefa Maria da Silva, 34, também diz "ter certeza" de que foi Nossa Senhora das Dores quem ajudou a curar o câncer no colo do útero que teve até fevereiro do ano passado. "Fiz radioterapia por quatro meses, mas foi Nossa Senhora das Dores quem me curou. O médico dizia que era maligno e muito violento."



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