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SÃO PAULO
No 1º dia de horário eleitoral, Marta enfatiza honestidade e Maluf critica falta de experiência da petista; pepebista faz declaração que lembra slogan de Celso Pitta
Candidatos atacam "pontos fracos" na TV
DA REDAÇÃO
No primeiro dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, os candidatos à Prefeitura de
São Paulo, Marta Suplicy (PT) e
Paulo Maluf (PPB), atacaram o
que consideram os pontos fracos
um do outro.
A petista enfatizou a honestidade necessária para "reconstruir
São Paulo". "São Paulo precisa da
união de todas as pessoas de bem,
todas as pessoas éticas, para varrer de uma vez por todas a corrupção que tomou conta da nossa
cidade nos últimos anos."
O programa de Marta ressaltou
o crescimento do PT nas últimas
eleições e a renovação da Câmara
Municipal. Uma das cenas do
programa mostrou uma luta de
boxe, em que os lutadores seriam
a cidade e a corrupção -a corrupção perde a disputa.
A propaganda do candidato pepebista contrapôs a falta de experiência de Marta aos anos de Maluf na administração pública.
O candidato afirmou que a última eleição havia sido a mais difícil
de sua vida e que "São Paulo não
pode parar".
A declaração é a mesma utilizada pelo candidato à prefeitura Ciro Moura (PRN) durante o horário eleitoral do primeiro turno e é
uma variante do slogan da campanha de Celso Pitta à prefeitura
em 96: "Não deixe São Paulo parar".
O pepebista criticou os apoios
recebidos por Marta para o segundo turno. "É muito estranho
esse casamento do PT da Marta
com o Quércia e com o Covas",
afirmou. Foram exibidas imagens
de pessoas se dizendo decepcionadas com Geraldo Alckmin, que
disputou o segundo lugar no primeiro turno com Maluf, por ele
ter apoiado a petista.
O deputado estadual Walter
Feldman (PSDB), coordenador
de campanha de Alckmin à prefeitura, disse que o PPB cometeu
"uma fraude" ao usar supostos
eleitores tucanos para atacar Marta. "Houve uma fraude para tentar incutir nos eleitores que o
PSDB errou ao apoiar a Marta,
mas isso não é representativo e o
partido segue unido na sua decisão contra o Maluf."
Azar
O programa do PPB no rádio
lembrou que o número 13 é considerado o número do azar. "Não
vote no 13. Dá um tremendo azar
para São Paulo", disse o locutor,
depois de falar, ao som de sinos,
de gato preto, espelho quebrado e
do fato de que ontem foi uma sexta-feira 13. Foi feita uma referência à vida pessoal da candidata petista: "Marta contou o que da vida
dela? Nada".
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