São Paulo, sábado, 14 de outubro de 2000

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SÃO PAULO
No 1º dia de horário eleitoral, Marta enfatiza honestidade e Maluf critica falta de experiência da petista; pepebista faz declaração que lembra slogan de Celso Pitta
Candidatos atacam "pontos fracos" na TV

DA REDAÇÃO

No primeiro dia do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, os candidatos à Prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT) e Paulo Maluf (PPB), atacaram o que consideram os pontos fracos um do outro.
A petista enfatizou a honestidade necessária para "reconstruir São Paulo". "São Paulo precisa da união de todas as pessoas de bem, todas as pessoas éticas, para varrer de uma vez por todas a corrupção que tomou conta da nossa cidade nos últimos anos."
O programa de Marta ressaltou o crescimento do PT nas últimas eleições e a renovação da Câmara Municipal. Uma das cenas do programa mostrou uma luta de boxe, em que os lutadores seriam a cidade e a corrupção -a corrupção perde a disputa.
A propaganda do candidato pepebista contrapôs a falta de experiência de Marta aos anos de Maluf na administração pública.
O candidato afirmou que a última eleição havia sido a mais difícil de sua vida e que "São Paulo não pode parar".
A declaração é a mesma utilizada pelo candidato à prefeitura Ciro Moura (PRN) durante o horário eleitoral do primeiro turno e é uma variante do slogan da campanha de Celso Pitta à prefeitura em 96: "Não deixe São Paulo parar".
O pepebista criticou os apoios recebidos por Marta para o segundo turno. "É muito estranho esse casamento do PT da Marta com o Quércia e com o Covas", afirmou. Foram exibidas imagens de pessoas se dizendo decepcionadas com Geraldo Alckmin, que disputou o segundo lugar no primeiro turno com Maluf, por ele ter apoiado a petista.
O deputado estadual Walter Feldman (PSDB), coordenador de campanha de Alckmin à prefeitura, disse que o PPB cometeu "uma fraude" ao usar supostos eleitores tucanos para atacar Marta. "Houve uma fraude para tentar incutir nos eleitores que o PSDB errou ao apoiar a Marta, mas isso não é representativo e o partido segue unido na sua decisão contra o Maluf."

Azar
O programa do PPB no rádio lembrou que o número 13 é considerado o número do azar. "Não vote no 13. Dá um tremendo azar para São Paulo", disse o locutor, depois de falar, ao som de sinos, de gato preto, espelho quebrado e do fato de que ontem foi uma sexta-feira 13. Foi feita uma referência à vida pessoal da candidata petista: "Marta contou o que da vida dela? Nada".


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