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CONGRESSO
Eleições esvaziam Brasília, e projetos considerados prioritários pelo governo podem terminar este ano sem aprovação
Câmara está há dois meses sem votações
RANIER BRAGON
FERNANDA KRAKOVICS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados completou nesta semana dois meses
sem realizar votações importantes, situação que torna cada vez
mais difícil a aprovação ainda
neste ano de projetos considerados prioritários pelo governo, como a Lei de Falências, as novas regras das agências reguladoras e a
Lei de Biossegurança.
Desde o recesso do mês de julho, a Câmara e o Senado tentaram promover votações em semanas específicas, os chamados
"esforços concentrados", mas, à
exceção de algumas medidas provisórias, pouca coisa caminhou
desde então no Congresso.
O principal motivo do recesso
branco no Legislativo são as eleições municipais, que esvaziam
Brasília. Apesar de não comparecerem no plenário, deputados e
senadores continuam recebendo
o salário mensal de R$ 12.84 7. Só
há desconto proporcional quando há falta não justificada a sessões de votações, que foram poucas nos últimos meses.
"A gente tem que enfrentar a revisão do calendário legislativo, inclusive com o planejamento para
as semanas de feriados. Com essa
produção baixíssima, tenta-se recuperar depois com a convocação
extraordinária", afirmou o deputado Chico Alencar (PT-RJ).
Ele se refere aos rumores de que
haverá convocação extraordinária do Congresso em janeiro, o
que resultaria no pagamento de
dois salários extras a cada parlamentar. Entre janeiro e fevereiro
deste ano, a convocação extraordinária do Congresso durou 20
dias úteis e custou R$ 50 milhões.
Devido ao feriado de anteontem, as reuniões de líderes das
bancadas com o ministro Aldo
Rebelo (Coordenação Política)
foram adiadas para a semana que
vem, quando Câmara e Senado
tentarão retomar as votações.
"Todo o processo eleitoral, no
período recente, tem sido assim,
não há uma coisa diferente, a novidade é a Câmara ter votado nos
meses que antecedem as eleições
alguma coisa, como nós votamos.
Essa é a novidade", argumentou
João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Câmara.
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