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QUESTÃO AGRÁRIA
Declaração é feita em ato de caminhoneiros
Líder do MST diz ter vontade de lançar coquetel Molotov em prédio da Folha
DA REPORTAGEM LOCAL
O líder do MST (Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra) Gilmar Mauro afirmou,
durante encontro com caminhoneiros no sábado em Tatuí (interior de São Paulo), que o movimento ""tem vontade de jogar um
coquetel Molotov naquele negócio", referindo-se à Folha.
""Chamaram a gente de mafioso.
Temos vontade de jogar coquetel
Molotov naquele negócio, mas aí
vem o lado racional e diz que não
adianta", declarou, no mesmo dia
em que editorial da Folha afirmava que práticas do MST assemelhavam-se ao ""gangsterismo".
""É a vontade só. Isso (o termo
utilizado pelo jornal) fere o mais
profundo sentimento de qualquer militante do movimento. Falei que a vontade da gente, quando vê esse tipo de matéria, era isso
aí. Emotivamente dá aquela vontade e a razão diz, óbvio, que isso é
um equívoco e que não devemos
fazer esse tipo de coisa", explicou
ontem o líder sem-terra.
Reportagens da Folha revelaram a cobrança, pelo MST, de pedágio de 3% sobre os empréstimos concedidos pelo governo aos
trabalhadores assentados. Segundo depoimentos de assentados relatados pelo jornal, quem não pagasse o pedágio não tinha como
obter a documentação necessária
para conseguir empréstimo em
órgãos oficiais. A documentação
só podia ser liberada por técnicos
indicados pelo MST.
O grupo reunido no sábado, do
qual também fez parte o presidente do MUBC (Movimento
União Brasil Caminhoneiros),
Nélio Botelho, pretende deliberar
até o início de dezembro sobre a
conveniência de uma paralisação
conjunta antes do Natal.
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