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São Paulo, sexta-feira, 14 de novembro de 2003

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Governo quer dinheiro de volta

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Enquanto a equipe da Inteligência da Polícia Federal elabora o relatório sobre os documentos e fitas apreendidos na Operação Anaconda, em 30 de outubro, o Ministério da Justiça prepara as primeiras diligências para bloquear e repatriar eventuais recursos dos integrantes da suposta quadrilha acusada de vender sentenças judiciais.
O Departamento de Recuperação de Ativos Financeiros, vinculado à Secretaria Nacional de Justiça, foi acionado para trabalhar com as informações produzidas pela Polícia Federal e fazer diligências internacionais para trazer de volta recursos que seriam fruto de negócios ilícitos da suposta quadrilha.
"Não vamos perder tempo. É um processo demorado. Então, assim que a PF tiver dados mais consistentes, vamos acionar os acordos de cooperação internacional", disse a secretária nacional de Justiça, Claudia Chagas.
A análise preliminar do material apreendido identificou documentos que comprovariam remessas para o exterior de pelo menos US$ 8 milhões.
Em gravações feitas pela PF, na investigação, integrantes da suposta quadrilha comentam o bloqueio, na Suíça, de "verdinhas", provavelmente dólares, que pertenceriam a integrantes do grupo.
Como a Suíça, também o Uruguai é alvo potencial das tratativas internacionais do Ministério da Justiça. O país é sede da "offshore" Cadiwel, proprietária do apartamento em que o juiz João Carlos da Rocha Mattos vive na rua Maranhão, no bairro de Higienópolis, em São Paulo.


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