DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) afirmou ontem que o acordo assinado entre o Brasil e Vaticano -que dá formato jurídico às relações entre o país e a Santa Sé- não representa "privilégio". "O acordo não concede privilégios à Igreja Católica nem faz nenhuma discriminação com relação às outras confissões religiosas", disse d. Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana e presidente da CNBB. Anteontem, o Itamaraty também havia rejeitado a idéia de que o documento daria status diferenciado à Igreja. A assinatura do acordo ocorreu ontem, após encontro entre o presidente Lula e o papa Bento 16, no Vaticano. Segundo d. Geraldo, o mais importante do acordo é reconhecer a personalidade jurídica da Igreja Católica no Brasil. Pelo acordo, se a Igreja der uma declaração de nulidade a um casamento religioso, este ato poderá ser usado para anular o casamento civil, segundo o presidente da CNBB.