São Paulo, sábado, 14 de dezembro de 2002

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PAINEL

Tucanato petista
Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento de Lula, ajudou informalmente a arrecadar recursos para a campanha de Serra. No final de abril, chegou até a participar de um jantar de apoio ao tucano no hotel Intercontinental, em SP, onde cada convite custou R$ 2.500.

Governo da mudança
Furlan é a segunda pessoa nomeada para o primeiro escalão de Lula que participou da campanha de Serra. Henrique Meirelles (Banco Central), que se elegeu deputado pelo PSDB de Goiás, também pedia votos para o presidenciável tucano.

Ciúme partidário
O PMDB não gostou da escolha de Luiz Furlan para o Ministério do Desenvolvimento. O partido acha que o empresário é muito próximo do PFL.

Exigência tecnológica
O PT pediu ao Senado que alugue um teleprompter de cristal líquido para Lula ler no equipamento o seu discurso de posse. A Casa respondeu que não é possível arcar com a despesa, mas o partido insiste na idéia.

Ver para crer
Em junho, o presidente da Câmara Americana de Comércio, Álvaro de Souza, dizia que os empresários ainda não estavam convencidos da nova imagem do "Lula light". O presidente eleito convidou para o Banco Central um ex-presidente da entidade, Henrique Meirelles.

Espaço reservado
Dilton da Conti (PSB), candidato derrotado ao governo de PE e afilhado político de Miguel Arraes, será o futuro presidente da Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco).

Vitória de Pirro
O PL cobrou de José Alencar apoio para que o partido obtenha de Lula um ministério de peso. A sigla, que sonhava tornar-se a segunda força no Congresso, desconfia de que poderá iniciar o novo mandato menor do que saiu das urnas.

Subiu à cabeça
O presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), José Carlos Gomes de Carvalho, tem-se apresentado em eventos sociais como "senador eleito" do PR. Detalhe: Carvalhinho, como é conhecido, é apenas suplente de Osmar Dias (PDT).

Lei da física
O PMDB poderá assumir o Ministério da Integração Nacional, que Lula pretendia destinar a Ciro Gomes. Se o acordo for fechado, o ex-governador do Ceará vai para a Previdência.

Dever de casa
Na preparação para a sabatina no Senado, na terça, Henrique Meirelles (PSDB) recebeu uma "tarefa" de Eduardo Suplicy: ler, no final de semana, o livro do senador sobre o Renda Mínima. Suplicy enviou um exemplar para Meirelles ontem de manhã.

Base esquecida
Antes de conversar com Meirelles, pelo telefone, na quinta-feira, Suplicy falou com José Dirceu. Disse que a bancada no Senado deveria ter sido informada previamente sobre a escolha do novo presidente do BC.

Luva de pelica
Jorge Viana (PT-AC) ameaça não ir à solenidade de diplomação no TRE. Alega que as regras manterão o público afastado. Na campanha, o tribunal cassou a candidatura do governador, decisão depois revista pelo TSE.

Novo PT
O PFL deve entrar no STF com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a medida provisória assinada por FHC que ressarce os Estados por investimentos feitos em rodovias federais. A medida ajuda MG, que receberá R$ 800 mi a serem utilizados no pagamento do 13º.

Visita à Folha
Giovanni Guido Cerri, diretor da Faculdade de Medicina da USP, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Sandra Papaiz, diretora-geral da fundação da faculdade, e de Luiz Roberto Serrano e Cacilda Luna, da Serrano & Associados.

TIROTEIO

De Alberto Goldman (PSDB), sobre a escolha do tucano Henrique Meirelles para o BC:
- Perdemos a batalha das urnas, mas ganhamos a das idéias. No governo, o PT é a favor do que o PSDB sempre defendeu.

CONTRAPONTO

Conta salgada

O relator-geral do Orçamento de 2003, senador Sérgio Machado (PMDB-CE), passou os dois últimos finais de semana em Brasília preparando seu relatório, que deve ser entregue na próxima segunda-feira.
No domingo passado, após uma manhã de trabalho, Machado reuniu os técnicos da comissão e os funcionários de seu gabinete e foi a uma churrascaria de Brasília para um almoço de fim de ano.
Ao final do almoço, Sérgio Machado pediu a conta e pagou toda a despesa. Quando se preparava para ir embora, o senador viu o garçom voltar à mesa todo sem graça:
- Senador, não podemos aceitar esse cheque. O senhor escreveu cruzeiros em vez de reais!
Constrangido, Machado fez outro cheque e ironizou:
- Ainda bem que eu errei a moeda só no cheque. No Orçamento seria muito mais grave...


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