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São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003

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PAINEL

Lamparina
Vendido em campanha publicitária como uma das conquistas do governo Lula, o Luz para Todos praticamente não saiu do papel. Dos R$ 113,8 milhões que o programa teria em 2003, apenas 5,56% foram executados.

Fim do túnel
Os números referem-se ao programa de energia para locais não atingidos pela rede convencional, origem do Luz para Todos. Para 2004, a verba prevista é menor: R$ 34,3 milhões. Mas ainda é possível aumentá-la na Comissão de Orçamento.

Promessa intacta
O Ministério de Minas e Energia alega que o Luz para Todos está em fase de implantação, daí o baixo investimento. Ressalta que permanece a meta de investir R$ 7 bilhões em cinco anos.

No forno
Jaques Wagner levará a Lula as reformas trabalhista e sindical elaboradas por conselho que envolveu governo, empregadores e sindicalistas. O ministro espera que a sindical tramite no primeiro semestre de 2004. A trabalhista ficará mesmo para 2005.

Afago
Em seu relatório do Orçamento, Jorge Bittar atrelou emendas dos parlamentares à aprovação da MP da Cofins, que elevará a arrecadação em estimados R$ 5 bilhões. Com isso, espera facilitar a aprovação da medida, que a oposição ameaçava bloquear.

Cartilha árabe
Lula voltou do Oriente Médio repetindo algumas palavras que aprendeu na viagem. Entre suas favoritas estão "salamaleque" (que a paz esteja contigo) e "chucran" (obrigado).

Xeque
Resultados de convenções estaduais do PPS indicaram ao ministro Ciro Gomes (Integração Nacional) que será impossível, ao menos por ora, tomar o controle do partido das mãos do grupo de Roberto Freire.

Cubo mágico
Os ministros Humberto Costa (Saúde), Cristovam Buarque (Educação) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça) preparam em conjunto projeto que flexibiliza a Lei de Responsabilidade Fiscal. Querem dar a Estados e municípios maior liberdade para contratar pessoal em suas áreas.

Falta combinar
Discutida no fórum de ministros da área social, a flexibilização da LRF será sugerida em 2004. Resta saber o que a equipe econômica achará da idéia.

Grande escala
Humberto Costa irá procurar laboratórios e distribuidoras em busca de um acordo para diminuir preços de medicamentos de uso continuado. Como mais gente utilizaria os remédios, alega o ministro, os comerciantes ganhariam na escala.

Pingo d'água
A administração Alckmin decide até 5 de janeiro se fará racionamento de água na Grande SP no início de 2004. É a data-limite para calcular o volume das represas sem colocar em risco o abastecimento futuro da região.

Mais barato
O governador Ronaldo Lessa (AL) fechou acordo com a Caixa Econômica Federal para construir em Maceió conjuntos habitacionais com financiamento facilitado para policiais e servidores da Saúde e da Educação.

Pirataria beneficente
O governo prepara medida provisória ou projeto de lei para liberar a doação de produtos falsificados apreendidos a instituições de caridade. Hoje, os objetos precisam ser destruídos.

Ligações perigosas
A CPI da Pirataria quer ouvir ainda neste ano Norma Cunha, ex-mulher de João Carlos da Rocha Mattos. Espera apurar a ligação do juiz preso na Operação Anaconda com Law Kim Chong, considerado o maior contrabandista de São Paulo.

TIROTEIO

De José Genoino, presidente do PT, sobre as críticas da família de Celso Daniel ao partido:
-Entendo a dor da família, mas não aceito ataques para dizer que encobrimos o caso e dificultamos a apuração. O PT nunca foi contra a investigação.

CONTRAPONTO

Qualquer negócio

O ministro da Saúde, Humberto Costa, recebeu recentemente em seu gabinete o governador de Rondônia, Ivo Cassol.
O tucano foi a Brasília com o propósito de obter recursos para construir um hospital em Porto Velho. Encontrou um anfitrião amável, mas irredutível:
-Infelizmente, não temos recursos para esse projeto- desculpou-se o petista.
Frustrado em seu pleito inicial, o governador não deu a visita por perdida. Tentou conseguir verbas para reformar um hospital federal em Rondônia.
-Também está difícil, mas podemos negociar algum dinheiro para isso em 2004.
Desanimado, Cassol apelou:
-O senhor não poderia pelo menos me dar alguns remédios para eu não voltar ao Estado de mãos abanando?
-Pode deixar. Vou providenciar uma cartela de aspirina!- brincou Costa.


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