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Líder petista quer excluir de relatório nome de Lorenzetti
Disputa política ameaça votação do texto final da CPI dos Sanguessugas hoje
Senadora Ideli Salvatti diz que não há "materialidade" sobre envolvimento de coordenador de inteligência da campanha do presidente
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Seis meses após ser instalada,
a CPI dos Sanguessugas tenta
aprovar hoje o seu relatório final. Governistas e oposicionistas trabalham para evitar um
pedido de vistas (suspensão da
votação) do relator, senador
Amir Lando (PMDB-RO), o que
poderia transferir a votação para a semana que vem.
A principal polêmica refere-se à lista de pedidos de indiciamentos. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), quer ver
fora do relatório o nome de Jorge Lorenzetti, ex-coordenador
da equipe de inteligência da
campanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lorenzetti é de Santa Catarina
e amigo da petista.
"Contra ele, não há materialidade", argumenta Ideli. Já o
relator quer incluir no seu relatório a conclusão da Polícia Federal de que Lorenzetti foi o
"articulador" da compra do
dossiê que teria informações
sobre a participação de políticos do PSDB na máfia das ambulâncias superfaturadas.
Ideli defendeu a inclusão dos
nomes do ex-ministro da Saúde
Barjas Negri (PSDB) e do empresário Abel Pereira, que é investigado pela PF sob a suspeita de ter recebido propina de
Luiz Antonio Vedoin -líder da
máfia das ambulâncias.
Sub-relator da CPI sobre o
caso do dossiê, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) aposta
no entendimento, mas reconheceu as divergências.
"Ainda há divergências quanto à atribuição de crime eleitoral", disse Gabeira. Para ele, as
campanhas de Luiz Inácio Lula
da Silva e de Aloizio Mercadante ao governo de São Paulo têm
de ser responsabilizadas pelo
dossiegate.
Ele argumenta que Gedimar
Passos, um dos presos com parte do R$ 1,75 milhão que seria
usado para a compra do dossiê,
era contratado da equipe de
campanha de Lula.
Gabeira lembra ainda que
Hamilton Lacerda, apontado
pela PF como homem que entregou o dinheiro Passos, atuava como um dos coordenadores
da campanha de Mercadante.
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