São Paulo, quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

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Presidente do PT paulista nega caixa 2 para dossiê

DA REPORTAGEM LOCAL

O escândalo da compra do dossiê por R$ 1,7 milhão, cuja origem ainda não foi identificada, levou ontem os principais dirigentes do PT paulista a prestarem depoimento no prédio da Polícia Federal.
"Fui ouvido como testemunha, aliás, os outros dois também", afirmou o presidente do diretório estadual do PT, Paulo Frateschi. Além dele, prestaram depoimento o secretário de finanças do PT no Estado, Antonio dos Santos, e o ex-tesoureiro da campanha do senador Aloízio Mercadante (PT) ao governo de São Paulo, José Giácomo Baccarin.
Frateschi negou que o dinheiro usado na tentativa de compra do dossiê contra políticos do PSDB tenha saído dos cofres do partido, tanto do estadual quanto do nacional.
"Descarto isso totalmente. As coisas foram muito bem feitas. As contas estão apresentadas, a documentação toda já está no tribunal eleitoral, já estão sendo julgadas, então, eu não tenho nenhuma dúvida de que a campanha não participou disso", disse Frateschi após o depoimento.
"Também não há nenhum membro do diretório estadual envolvido", disse Frateschi.
O petista, que também foi o coordenador-geral da campanha de Mercadante, foi ouvido pelo delegado da PF de Cuiabá (MT) Diógenes Curado, que cuida do inquérito do dossiê.
A polícia ouviu ainda o segundo suplente de Mercadante e presidente da Bancoop (cooperativa de imóveis dos bancários), João Vaccari Neto, e o gerente do tesoureiro da empresa de transporte de valores Transbank, Cláudio Cardilli.
O conteúdo dos depoimentos não foi divulgado. A PF informou que somente hoje deverá distribuir uma nota a respeito dos trabalhos de ontem.


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