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Economistas acusam
Lula de continuísmo
DA REPORTAGEM LOCAL
O Conselho Federal de Economia divulgou um manifesto criticando a política econômica do
governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual ressalta
que o governo petista "continua a
agir exatamente como o seu sucessor". O documento foi aprovado durante reunião da entidade,
da qual participaram os 15 economistas que representam no Conselho a categoria.
As críticas estão principalmente
focadas na suposta rigidez da política monetária atual, o que, na
visão dos economistas, estaria
tendo um resultado dramático no
nível de desemprego.
"As políticas monetária e fiscal
restritivas tomadas nas últimas
semanas reproduzem a estratégia
fracassada do governo anterior.
Nesse sentido, o período de transição deve ser entendido como o
início de mudanças e transformações graduais e significativas, e
não de simples pretexto para o
medo de ousar", diz o documento
de apenas uma página, que foi enviado ao presidente Lula.
Elaboraram o texto, no final do
mês passado, o presidente da
Conselho Federal de Economia,
Carlos Roberto de Castro, os professores da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro) João
Paulo de Almeida Magalhães e
Reinaldo Gonçalves e Luiz Alberto Machado, ex-presidente do
Conselho Regional de Economia
de São Paulo, entre outros.
"A mensagem de desemprego
tem pressa. A situação que percebemos é de um desconforto com a
política econômica do governo",
afirmou o economista Reinaldo
Gonçalvez, que é do PT.
O texto destaca ainda que os
principais problemas econômicos atuais estão relacionados com
"a ruptura do processo de desenvolvimento que já se prolonga há
duas décadas" e chega a chamar
de "conservadora" parte da equipe econômica do governo.
Segundo o diagnóstico dos economistas, a situação social do país
é considerada "preocupante",
além de estar ameaçada "de escapar ao controle" do governo.
Em 2001, após reuniões do Encontro de Economistas, os integrantes do Conselho divulgaram
um documento crítico -Carta de
Recife- em relação à condução
da política econômica por parte
do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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