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Berzoini estuda
nova fórmula
para Previdência
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Previdência,
Ricardo Berzoini, disse ontem
que vai estudar a possibilidade
de criar uma fórmula combinando tempo de contribuição e
prazo de carência no serviço
público como mecanismo alternativo dentro da reforma da
Previdência.
De acordo com o ministro, a
fórmula poderia substituir a
proposta do governo de dobrar
os atuais prazos de carência
exigidos para as aposentadorias no setor público.
Hoje, para passar para a inatividade o servidor precisa ter,
no mínimo, dez anos de serviço
público e cinco de exercício
efetivo no cargo. Pela proposta
do governo, esses prazos passariam para 20 anos, no caso do
tempo de serviço público, e dez
anos, de exercício no cargo.
O tempo mínimo de contribuição necessário para a aposentadoria atualmente é de 35
anos, para homens, e 30 anos,
para mulheres.
A fórmula alternativa foi
apresentada ao ministro por
secretários estaduais de Previdência que participaram ontem da reunião do Conaprev
(Conselho Nacional dos Dirigentes de Regimes Próprios de
Previdência Social).
"Vou analisar se é possível
combinar as duas variáveis
[tempo de contribuição e prazo
de carência] em uma fórmula
que seja facilmente aplicável.
Não adianta criar uma coisa
muita complicada."
O secretário de Previdência
Social, Helmut Schwarzer, disse que os secretários pediram o
fim da aposentadoria especial
dos professores do ensino médio e fundamental. Eles se aposentam com cinco anos a menos de tempo de contribuição.
"Explicamos para eles que a
elevação da idade mínima e a
mudança no prazo de carência
resolve esse problema. Não é
preciso mexer no segmento específico", disse o secretário.
Para Schwarzer, a discussão
sobre a taxação dos atuais inativos ainda está indefinida. "É
um terreno pantanoso e inseguro do ponto de vista jurídico.
Se alguém nos trouxer um bom
argumento jurídico, essa hipótese não está descartada".
A Folha apurou que a União
não faz questão de adotar a medida, por ter reduzido efeito de
economia. Essa é uma demanda principalmente dos Estados.
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