São Paulo, domingo, 15 de abril de 2001 |
Próximo Texto | Índice
PAINEL Morte por asfixia O Planalto iniciou uma operação para sufocar a candidatura Ciro Gomes. Tem seduzido, com afagos e cargos, potenciais aliados do PPS que poderiam garantir mais tempo ao presidenciável no horário eleitoral. Disputa plebiscitária A avaliação no Planalto é que Lula, com a preferência de quase 30% dos eleitores, dificilmente deixará de estar no segundo turno em 2002. A não ser que o PT fracasse nas capitais. Com Ciro esvaziado, aumentam significativamente as chances do candidato de FHC polarizar a eleição. Salto alto Num segundo turno com Lula, o Planalto considera que o candidato de FHC derrota o líder petista com relativa tranquilidade. Principalmente se a economia estiver estabilizada. Chuvas e trovoadas Comentário de um parlamentar paulista, sobre os seguidos acidentes na Petrobras: "Henri Philippe Reichstul está cada vez mais com aquele jeitão de pára-raios com fio-terra solto". Nó na garganta Andrea Matarazzo (Comunicação de Governo) contesta a versão corrente no Planalto de que estaria de olho no cargo de Reichstul: "Ele faz um excelente trabalho. E não vejo sentido em querer assumir uma empresa do porte da Petrobras agora. São seis meses só para conhecê-la". No campo do inimigo Dois meses após ser eleito, Jader Barbalho (PMDB-PA) ainda não foi morar na residência oficial do presidente do Senado. Explicação de um colega peemedebista: "A casa deve ter mais espionagem do que a Embaixada dos EUA em Moscou". De volta ao ataque O PT convocou uma reunião das oposições para quarta-feira. Na pauta, métodos para pressionar Jader Barbalho a deixar a presidência do Senado. Simples coincidência No auge da ofensiva anti-CPI, o governo federal liberou, em apenas duas semanas, R$ 11 milhões em emendas de parlamentares nas áreas de saneamento e habitação. Até o início de abril, nem R$ 4 milhões tinham sido autorizados pelo Executivo. Torneira aberta Parlamentares também têm recebido, desde então, verbas dos ministérios da Saúde e da Integração Nacional que estavam bloqueadas. Foram liberados pelo menos R$ 2 milhões por semana no mês de abril. Constatação histórica Do deputado federal João Herrmann (PPS), sobre a demissão do embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que fizera críticas à adesão do Brasil à Alca, da direção do Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais do Itamaraty: "Voltamos ao tempo do cala-boca". Outra opinião Do pedetista Jefferson Péres (AM), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, sobre a demissão do embaixador: "Sou de oposição, mas tomaria a mesma atitude. Cargo de confiança é cargo de confiança. As divergências devem ser tratadas internamente." Briga de topete Não durou um mês a boa convivência de Pedro Simon e Itamar Franco. O senador gaúcho não gostou de saber pela imprensa que o governador mineiro cancelara a entrevista conjunta que dariam para defender a candidatura própria do PMDB à Presidência da República. Luta interna Com o ex-ministro Rafael Greca (Esporte e Turismo) mal nas pesquisas eleitorais para o governo do Paraná, o prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi, tem sido muito incentivado no PFL do Estado a entrar na disputa. TIROTEIO Do deputado Delfim Netto (PPB-SP), sobre o bilhete divulgado pelo Planalto no qual George W. Bush agradeceu ao presidente FHC pela ajuda no impasse dos EUA com a China: - Pelo tom da divulgação, o bilhete será o documento mais importante do museu FHC. Só haverá problema no momento em que o presidente tiver de enfrentar seu ídolo na discussão da Alca. O preço vai ser alto. CONTRAPONTO Conquista heróica
Não satisfeitos com a vitória
de Aécio Neves para a presidência da Câmara, os tucanos trataram de assegurar também a presidência da poderosa Comissão
de Constituição e Justiça. |
|