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Assentados reclamam apoio em SP
DA FOLHA RIBEIRÃO
Pelo menos 6 dos 14 assentamentos da região de Ribeirão Preto (SP) estão abandonados. Os assentados reclamam que foram
"jogados" nos locais e que não recebem a infra-estrutura necessária para produzir e sobreviver.
No total, são 1.182 famílias em
assentamentos que tiveram início
em 1985, todos de responsabilidade do Itesp (Instituto de Terras do
Estado de São Paulo).
Os trabalhadores já receberam a
terra, sementes e pequenos animais, mas alegam que não têm
acompanhamento e não conseguem a subsistência, fato admitido pelo Itesp. "Recebemos uma
verba de apenas R$ 5 milhões para 9.000 famílias. Isso não é suficiente para tudo que precisamos",
disse o assistente técnico da diretoria do Itesp, João Leonel.
Segundo ele, os trabalhadores
não devem reclamar muito, já que
anteriormente "não tinham nem
terra para reclamar dela".
Os assentamentos são ocupações regulares, ao contrário dos
diversos acampamentos da região, que são ocupações irregulares, resultantes de invasões.
A suposta falta de interesse do
Estado fica nítida no assentamento de Bebedouro. Duas caixas d'água foram construídas no local,
mas elas não possuem nenhuma
ligação com o assentamento.
Além disso, a terra está tomada
por eucaliptos, que deixam a terra
ácida e impossibilitam o plantio.
Em Araraquara, faltam poços
artesianos e noções de agricultura
aos trabalhadores, segundo o secretário do Desenvolvimento
Econômico, Sérgio Sgobbi.
O Itesp diz que faz o acompanhamento dos assentados e que
fornece os primeiros subsídios.
"Fazemos acompanhamento
regional por meio do escritório
em Araraquara", disse Leonel.
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