São Paulo, domingo, 15 de abril de 2001

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Assentados reclamam apoio em SP

DA FOLHA RIBEIRÃO

Pelo menos 6 dos 14 assentamentos da região de Ribeirão Preto (SP) estão abandonados. Os assentados reclamam que foram "jogados" nos locais e que não recebem a infra-estrutura necessária para produzir e sobreviver.
No total, são 1.182 famílias em assentamentos que tiveram início em 1985, todos de responsabilidade do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo).
Os trabalhadores já receberam a terra, sementes e pequenos animais, mas alegam que não têm acompanhamento e não conseguem a subsistência, fato admitido pelo Itesp. "Recebemos uma verba de apenas R$ 5 milhões para 9.000 famílias. Isso não é suficiente para tudo que precisamos", disse o assistente técnico da diretoria do Itesp, João Leonel.
Segundo ele, os trabalhadores não devem reclamar muito, já que anteriormente "não tinham nem terra para reclamar dela".
Os assentamentos são ocupações regulares, ao contrário dos diversos acampamentos da região, que são ocupações irregulares, resultantes de invasões.
A suposta falta de interesse do Estado fica nítida no assentamento de Bebedouro. Duas caixas d'água foram construídas no local, mas elas não possuem nenhuma ligação com o assentamento. Além disso, a terra está tomada por eucaliptos, que deixam a terra ácida e impossibilitam o plantio.
Em Araraquara, faltam poços artesianos e noções de agricultura aos trabalhadores, segundo o secretário do Desenvolvimento Econômico, Sérgio Sgobbi.
O Itesp diz que faz o acompanhamento dos assentados e que fornece os primeiros subsídios.
"Fazemos acompanhamento regional por meio do escritório em Araraquara", disse Leonel.


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