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DIPLOMACIA
Kirchner sinaliza boicote à cúpula árabe no Brasil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Argentina,
Néstor Kirchner, tem enviado sinais de que não pretende participar da investida externa mais ousada do Brasil neste ano, a reunião de cúpula dos 22 países árabes com os 12 da América do Sul,
no próximo mês, em Brasília.
A ameaça de Kirchner causa
constrangimento ao Brasil, que é
o anfitrião do encontro -que é
inédito- e o principal sócio do
Mercosul. Aumenta, também, a
situação de desconforto nas relações entre os dois países.
Não seria a primeira vez que o
presidente argentino se recusaria
a vir a uma reunião de presidentes
no Brasil. Em novembro de 2004,
ele faltou à reunião da Cúpula do
Rio, que reúne países da América
do Sul e do Caribe, sem apresentar justificativas convincentes.
Na avaliação de setores da diplomacia brasileira, o comportamento de Kirchner reflete o ressentimento do governo argentino
diante do protagonismo do Brasil
no plano internacional. Kirchner
também tem se manifestado contra a pretensão brasileira de obter
um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Ontem, o embaixador argentino Juan Pablo Lohlé disse temer
que isso "aumente o desequilíbrio" na organização. Além disso,
a Argentina não endossa a candidatura do embaixador brasileiro
Luiz Felipe Seixas Corrêa para a
direção geral da OMC.
Cúpula árabe
Dos 34 países previstos para a
Cúpula dos países árabes com os
sul-americanos, cerca de 15 já
confirmaram que enviarão seus
chefes de Estado. A expectativa é
que o Itamaraty gaste com o encontro cerca de 60% de seu orçamento para eventos deste ano, de
R$ 14 milhões.
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