DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil voltou a se abster, ontem, na votação de um projeto de resolução da Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) que condena Cuba por desrespeito aos direitos humanos e reivindica a entrada no país de uma representante da organização.
A justificativa brasileira para a abstenção é que a resolução não contribui efetivamente para melhorar a situação dos direitos humanos em Cuba e que, por isso, não aceita "politizar" a questão.
Nos bastidores, a diplomacia brasileira justifica que, para condenar Cuba ou China, por exemplo, a comissão da ONU teria de fazer o mesmo em relação à prisão dos Estados Unidos em Guantánamo.
A resolução foi aprovada por 21 votos a favor, 17 contra e 15 abstenções, mas tem efeito meramente político e acaba sendo inócua na prática, porque Cuba se recusa a abrir as portas para a entrada de um relator da comissão.


Texto Anterior: Diplomacia: Kirchner sinaliza boicote à cúpula árabe no Brasil
Próximo Texto: BC sob pressão: Meirelles tem vitória parcial no Supremo
Índice