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Ministro diz que Judiciário sofrerá "choque de gestão"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) disse
ontem que o CNJ (Conselho
Nacional de Justiça), órgão
de controle externo do Judiciário, fará "um choque de
gestão" nesse Poder, pois irá
centralizar o planejamento
de gastos, impedindo que
cada tribunal continue agindo como uma "ilha".
Ele deu essa declaração ao
elogiar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal),
que reconheceu na quarta,
por sete votos contra quatro,
a constitucionalidade do
conselho. "Foi um grande
dia para a história da República brasileira. Um dos momentos mais altos do STF."
O STF julgou uma ação direta de inconstitucionalidade da AMB (Associação dos
Magistrados Brasileiros)
contra o artigo da emenda
constitucional da reforma
do Judiciário que previu a
instalação do órgão. A entidade disse que o controle externo violaria o princípio da
independência do Poder.
O CNJ terá 15 membros:
nove juízes, dois advogados,
dois membros do Ministério
Público e dois cidadãos, indicados pelo Congresso. Nos
primeiros dois anos, será
presidido pelo presidente do
STF, ministro Nelson Jobim.
Além de controlar gastos,
investigará juízes acusados
de corrupção ou negligência.
"O conselho é a oportunidade de construir um planejamento centralizado, de criação de novas rotinas, de um
choque de gestão do Poder
Judiciário, a fim de que tenhamos uma Justiça mais
perto do povo, mais rápida e
mais previsível", disse.
(SF)
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