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Oposição perde e Senado
vota a reeleição na quarta
RAQUEL ULHÔA
da Sucursal de Brasília
Fracassou ontem a segunda tentativa feita pela oposição, no Senado, de interromper a tramitação
da emenda da reeleição na CCJ
(Comissão de Constituição e Justiça), em função das denúncias de
corrupção na votação da Câmara
publicadas pela Folha.
O governo conseguiu derrubar
-por 16 votos a 7- requerimento
do líder do bloco da oposição (PT,
PDT, PSB e PPS), José Eduardo
Dutra (PT-SE), pedindo o adiamento da votação do parecer do
senador Francelino Pereira
(PFL-MG) sobre as quatro emendas oferecidas em plenário à proposta da reeleição.
Rejeitado o requerimento de Dutra, a CCJ passou a votar as quatro
emendas separadamente. Todas
foram rejeitadas. Foi mantido o
parecer de Francelino, favorável à
emenda da reeleição com o mesmo
texto aprovado pela Câmara.
A emenda -que permite a reeleição do presidente da República,
de governadores e de prefeitos sem
a desincompatibilização (afastamento) dos cargos- será votada
em primeiro turno no plenário do
Senado na próxima quarta-feira.
No dia anterior, o governo havia
conseguido uma vitória sobre a
oposição ao rejeitar, também na
CCJ, requerimento do senador
Antônio Carlos Valadares
(PSB-SE) pedindo que a tramitação da emenda na CCJ fosse sobrestada (suspensa), até que a Câmara apurasse as denúncias.
Ontem, ao apresentar outro requerimento, Dutra argumentou
que surgiram "fatos novos".
O líder do governo no Senado,
Elcio Alvares (PFL-ES), contestou.
"Isso é toada de realejo. O que a
oposição quer é impedir a reeleição", disse.
O líder do PPB, Epitácio Cafeteira (MA), que apoiou o adiamento
da votação, acusou o Senado de
agir como "autista" (pessoa desligada da realidade exterior).
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