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Supremo desmembra inquérito do valerioduto
Valério responderá na 1ª instância por caso de Minas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do STF (Supremo
Tribunal Federal) Joaquim
Barbosa decidiu desmembrar o
inquérito do valerioduto -esquema do mensalão em Minas-, aceitando pedido apresentado por Marcos Valério e
seus sócios, Eduardo Guedes e
Cláudio Mourão. Agora, o Supremo analisará apenas a denúncia da Procuradoria Geral
da República contra o senador
Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
Os demais acusados serão
processados na primeira instância. O procurador-geral, Antonio Fernando Souza, denunciou Azeredo e outras 14 pessoas por peculato e lavagem de
dinheiro em suposto esquema
que teria utilizado recursos públicos e privados, não declarados à Justiça Eleitoral, na campanha do hoje senador, quando
ele tentou se reeleger governador de Minas Gerais, em 1998.
De acordo com Barbosa, o
desmembramento deve agilizar o processo e os ministros
devem analisar, ainda neste
ano, se devem ou não abrir ação
penal contra Azeredo, transformando-o em réu. "Um processo com apenas uma pessoa anda muito mais rápido."
Entre aqueles que deixam o
inquérito está o ex-ministro de
Lula Walfrido dos Mares Guia.
A decisão, no entanto, não
deve influenciar a ação do mensalão -os 40 réus deverão continuar respondendo a processo
no STF, diz Barbosa. Para ele, o
mensalão é mais "complexo"
que o valerioduto, já que os envolvidos respondem também
por crimes de quadrilha e corrupção ativa, o que indica
maior conexão entre eles. Ele
lembra que no caso mineiro só
um dos denunciados possui foro privilegiado, o que ajudou a
desmembrar o inquérito.
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