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Nome de Ricardo Sérgio é usado como chamariz
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O nome de Ricardo Sérgio de
Oliveira está sendo usado por
Honor Rodrigues da Silva para
dar credibilidade ao "dossiê
Luxemburgo", segundo informações que chegaram à Polícia
Federal e ao Ministério Público
Federal, devido às suspeitas sobre a relação do ex-diretor da
Área Internacional do Banco
do Brasil com tucanos.
Informantes da PF dizem que
as últimas reportagens sobre
Ricardo Sérgio ajudam Honor
a alimentar o interesse pelo
"dossiê Luxemburgo".
Recentemente, a mídia publicou que empresas ligadas a Ricardo Sérgio movimentaram
contas em paraísos fiscais do
Caribe e que ele, quando diretor do Banco do Brasil, teria feito um pedido de propina para
ajudar o empresário Benjamin
Steinbruch a comprar a Vale
do Rio Doce, em 1997.
Ricardo Sérgio, que nega todas as acusações, foi indicado
para o governo em 1995, por
Sérgio Motta e por José Serra,
candidato a presidente que o
PSDB oficializa hoje.
No depoimento à PF, João
Barusco, ex-sócio de Honor,
conta que o nome de Ricardo
Sérgio apareceu logo no início
da trama do dossiê Caribe.
Segundo Barusco, Honor disse que em 1998 ouviu Oscar de
Barros, um personagem da gênese do dossiê Caribe, lhe relatar que "tinha o contato com
um advogado que possuía os
documentos da conta que envolvia o presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e os tucanos a ele ligados".
Barusco diz que Honor falou
que Oscar, que cumpre pena de
prisão em Miami por tentativa
de lavagem de dinheiro e sempre negou envolvimento no
dossiê, afirmava que "a conta
teria sido movimentada pelo
falecido ministro das Comunicações Sérgio Motta e, em seguida, por uma pessoa de nome Ricardo Sérgio".
Oscar era dono da Overland
Advisory Services, empresa especializada na abertura de contas em paraísos fiscais. Quando
alimenta a versão da existência
de uma conta da cúpula tucana
no exterior, Honor menciona o
nome de Ricardo Sérgio como
operador dos tucanos. Nas
conversas reservadas, inclusive
com a Folha, Honor usava o
expediente.
(KA)
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