da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso reuniu ontem oito ministros no Palácio do Planalto para exigir coesão, unidade e fidelidade ao governo.
FHC chamou os ministros que não participaram do encontro da semana passada, quando o presidente afirmou que não existem assessores de partidos, mas de governo. Segundo ele, quem não concordasse poderia sair do ministério.
O recado do presidente ocorreu durante crise na base governista, que teve o PMDB como pivô. FHC escolheu João Batista Campelo para dirigir a Polícia Federal, nome que não era o preferido do ministro peemedebista Renan Calheiros (Justiça). Por isso, cogitou-se a possibilidade da saída de Calheiros do governo na semana passada.
O ministro da Justiça participou da reunião ontem. Antes passou a tarde reunido com o presidente do PMDB, Jader Barbalho (PA). Calheiros disse a assessores que não pretendia pedir demissão.
A avaliação do presidente, segundo a Folha apurou, é que a falta de coordenação no governo têm impedido que a recuperação econômica registrada nas últimas semanas repercuta politicamente a favor do governo.
Estavam presentes no encontro de ontem, além de Renan Calheiros, os ministros e secretários Rodolfo Tourinho (Minas e Energia), Luiz Carlos Bresser Pereira (Ciência e Tecnologia), Pimenta da Veiga (Comunicações), Francisco Dornelles (Trabalho), Ovídio de Angelis (Políticas Regionais), Andrea Matarazzo (Comunicação Social) e Eduardo Graeff (Relações Institucionais).
Outro objetivo dos encontros ministeriais foi o de integrar os ministros das áreas econômica e social.


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