DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Controladoria Geral da União dará início a uma sindicância patrimonial de todos os servidores federais da ativa nas próximas duas semanas. O objetivo é identificar sinais exteriores de riqueza incompatíveis com o rendimento do funcionário.
Nos casos em que for constatada incompatibilidade, os auditores pedirão à Justiça a quebra do sigilo bancário do funcionário. A CGU vai usar como precedente a decisão da Justiça que possibilitou à controladoria a análise do sigilo de 411 servidores que enviaram dinheiro para o exterior.
Essa investigação começou há cerca de um ano, com base na utilização das contas CC5, utilizadas para remessas ao exterior por meio do Banestado (Banco do Estado do Paraná).
Segundo estimativas preliminares, de 1996 a 2002, cerca de R$ 30 bilhões deixaram o país pelo banco. Uma CPI do Congresso investiga a questão. A lista de servidores que utilizaram as contas CC5 serviu de ponto de partida para a investigação. A partir dela, foram quebrados os sigilos bancário e fiscal. A CGU cruzou os dados com as declarações de Imposto de Renda, que os servidores são obrigados a entregar anualmente.


Texto Anterior: Governo: Ministro admite que Lula exagerou nas MPs
Próximo Texto: Campo minado: MST invade delegacia e solta 2 sem-terra
Índice