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Líder do PFL levanta suspeita sobre petistas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ), fez um levantamento em que diz que assessores
e familiares de deputados petistas
e até um parlamentar do partido
estiveram na única agência do
Banco Rural em Brasília, principalmente entre 2003 e 2004.
O deputado Roberto Jefferson
(PTB-RJ) disse que o "mensalão"
era pago nesta agência, localizada
em um shopping de Brasília.
A assessoria de Maia, que fez o
levantamento, admitiu que não
checou se os nomes encontrados
poderiam ser de homônimos. O
próprio Rodrigo Maia disse que
seu motorista também foi à agência, para pagar um boleto de posto de gasolina.
Em alguns dias em que há visitas de supostos familiares e assessores de deputados petistas, segundo o levantamento de Maia, o
Coaf (Conselho de Controle das
Atividades Financeiras) registrou
saques de até R$ 200 mil de contas
de empresas do publicitário Marcos Valério, acusado de ser o
"operador" do mensalão.
A denúncia foi veiculada ontem
à noite pelo "Jornal Nacional". No
levantamento, uma pessoa chamada Jair dos Santos esteve cinco
vezes na agência do Rural -em
duas delas (dias 18 e 25 de setembro de 2003), o Coaf registrou saques de R$ 550 mil. Uma pessoa
com o mesmo nome trabalharia
para o deputado Vicentinho (PT-SP), segundo o pefelista. Vicentinho não foi localizado ontem.
Em maio do mesmo ano, duas
pessoas que seriam funcionários
do deputado Paulo Delgado (PT-MG) -Francisco da Silva Neiva
Filho e Raimundo Ferreira da Silva- também estiveram na agência bancária, de acordo com registros da portaria do shopping. Silva esteve no banco no dia 29 de
março, quando houve saque de
R$ 200 mil. Delgado também não
foi encontrado ontem à noite.
No mês seguinte, Anita Leocádia Pereira, lotada no gabinete do
líder do PT na Câmara, Paulo Rocha, compareceu à agência. Cinco
meses depois, Pereira compareceu novamente à agência -nesta
data, saíram R$ 120 mil das contas
da SMPB, agência de Marcos Valério. Rocha diz que sua funcionária foi a uma consulta numa clínica neurológica no mesmo prédio.
Márcia Regina Milanésio Cunha, casada com João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da
Câmara, esteve no Banco Rural
três vezes em um mesmo dia -4
de setembro de 2003. Secretária
do parlamentar, Silvana Paz Japiassu também foi à agência em
abril de 2004 duas vezes. Cunha
divulgou nota na qual diz que sua
mulher esteve no Rural para pagar mensalidade de TV a cabo.
O presidente do diretório regional do PT na Bahia, Josias Gomes,
foi o único parlamentar do partido que compareceu ao Banco Rural. Ele diz que foi negociar um
empréstimo.
O levantamento cita ainda assessores de Sigmaringa Seixas
(DF), Wasny de Roure (DF), Zezéu Ribeiro (BA) e Devanir Ribeiro (SP). Devanir disse que sua assessora trabalha em São Paulo e
nunca vai Brasília. Sigmaringa
disse que sua assessora descontou
um cheque no banco. Roure e Zezéu não foram encontrados.
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