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Agência admite atuação, mas nega "clandestinidade"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Abin (Agência Brasileira de
Inteligência) confirmou que
agentes secretos, a pedido do
delegado Protógenes Queiroz,
participaram da Operação Satiagraha. O órgão negou ter
atuado "clandestinamente",
mas sua atuação foi considerada irregular pelo governo.
Ontem, durante reunião de
coordenação, o ministro Tarso
Genro (Justiça) confirmou a
participação de agentes da Abin
na operação e afirmou que esse
foi um dos erros cometidos por
Queiroz. Tarso disse ao presidente Lula que o delegado não
adotou o procedimento normal
-fazer o pedido à Abin pela diretoria de operações da PF.
Em nota, a Abin afirmou ontem que o diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda, "não tem e
não teve nenhuma participação
ou iniciativa, muito menos ingerência, nos fatos que resultaram" na ação, mas que é comum a "cooperação com os demais órgãos públicos". "[A
Abin] não realiza quaisquer atividades para as quais não possua respaldo na legislação."
A Folha revelou, no dia 10,
que agentes da Abin atuaram
no caso à revelia da direção da
PF. Em maio, agentes seguiram
o carro de Humberto Braz, assessor de Dantas, pelas ruas do
Rio.
(LUCAS FERRAZ e VALDO CRUZ)
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