São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2008

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Agência admite atuação, mas nega "clandestinidade"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) confirmou que agentes secretos, a pedido do delegado Protógenes Queiroz, participaram da Operação Satiagraha. O órgão negou ter atuado "clandestinamente", mas sua atuação foi considerada irregular pelo governo.
Ontem, durante reunião de coordenação, o ministro Tarso Genro (Justiça) confirmou a participação de agentes da Abin na operação e afirmou que esse foi um dos erros cometidos por Queiroz. Tarso disse ao presidente Lula que o delegado não adotou o procedimento normal -fazer o pedido à Abin pela diretoria de operações da PF.
Em nota, a Abin afirmou ontem que o diretor-geral do órgão, Paulo Lacerda, "não tem e não teve nenhuma participação ou iniciativa, muito menos ingerência, nos fatos que resultaram" na ação, mas que é comum a "cooperação com os demais órgãos públicos". "[A Abin] não realiza quaisquer atividades para as quais não possua respaldo na legislação."
A Folha revelou, no dia 10, que agentes da Abin atuaram no caso à revelia da direção da PF. Em maio, agentes seguiram o carro de Humberto Braz, assessor de Dantas, pelas ruas do Rio. (LUCAS FERRAZ e VALDO CRUZ)


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