São Paulo, terça-feira, 15 de julho de 2008

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Empresário diz que acusações são "infundadas"

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do grupo EBX, Eike Batista, disse ontem que estuda apresentar uma notificação formal ao Ministério da Justiça contestando as acusações de envolvimento numa suposta fraude em licitação de uma ferrovia no Amapá, vencida pela mineradora MMX Amapá, controlada por ele.
Em teleconferência para analistas de mercado, Batista afirmou que teve acesso aos relatórios da Operação Toque de Midas, da Polícia Federal. Para ele, os documentos permitem concluir que as acusações apresentadas são "infundadas".
Segundo Batista, seu nome sequer foi citado na investigação, tornada pública na última sexta-feira, quando agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em sua casa e nos escritórios da empresa no Rio e no Amapá.
A notificação tem o objetivo de minimizar os efeitos negativos que a operação da PF causou à imagem de sua empresa, disse Batista.
O empresário afirmou que nem ele nem as empresas de seu grupo praticaram irregularidades e que a licitação da ferrovia que liga as minas ao porto de Santana cumpriu todos os trâmites legais.
Segundo Batista, as acusações de sonegação fiscal na venda de ouro "não têm fundamento", pois o grupo não extrai ouro no Brasil.
Também ontem, a Anglo American -que tem um acordo de compra de 51% da MMX Minas-Rio e de 70% da MMX Paraná- divulgou uma nota afirmando que "receberá informações sobre as investigações, as quais os acionistas vendedores concordaram em disponibilizar com a urgência possível, como parte das providências que antecedem a conclusão do negócio."
A Anglo American possui hoje a participação de 49% no sistema Minas-Rio e aceitou pagar R$$ 5,5 bilhões pelos demais ativos, operação que seria concluída no próximo mês.


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