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SEM CONCURSO
Pressionado, Senado discute cancelar a criação de cargos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Mesa Diretora do Senado poderá recuar da decisão
de criar 97 cargos comissionados na Casa. Quatro dos
sete integrantes do órgão
disseram que pedirão o cancelamento da abertura das
vagas sem concurso, com salário de R$ 9.979 mensais.
O presidente do Senado,
Garibaldi Alves Filho
(PMDB-RN), afirmou ser
contra a medida, aprovada
na quarta-feira passada. Por
causa das pressões de outros
senadores e da repercussão
negativa do caso, ele marcou
para hoje uma reunião da
Mesa para discutir o assunto.
Segundo vice-presidente
do Senado, Álvaro Dias
(PSDB-PR) afirmou que vai
defender que o caso seja encerrado hoje. "Defendo tornar sem efeito a decisão. Não
há necessidade de levar esse
assunto para plenário. Por
que expor as vísceras do Senado?", disse.
De acordo com o regimento interno da Casa e com a
Constituição Federal, a criação de cargos pode ser proposta pela Mesa Diretora,
mas precisa ser aprovada pelo plenário do Senado.
O diretor-geral da Casa,
Agaciel da Silva Maia, afirmou que a Mesa decide criar
os cargos e, posteriormente,
é votado um projeto de resolução sobre o assunto.
Porém os senadores Cristovam Buarque (PDT-DF),
Pedro Simon (PMDB-RS) e
Eduardo Suplicy (PT-SP) solicitaram que a resolução
fosse apreciada previamente
em plenário.
Suplente de secretário na
Mesa Diretora, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse
ontem que manteria seu
apoio à criação dos cargos.
Paes só vota caso um dos integrantes titulares não compareça à reunião.
Além de Garibaldi e Dias,
disseram que voltam atrás na
decisão os senadores Gerson
Camata (PMDB-ES) e César
Borges (PR-BA), respectivamente, segundo e terceiro-secretários. "Temos de evitar
um desgaste maior", disse
Borges. "Tem de colocar em
plenário. Então é melhor
acabar na Mesa mesmo",
afirmou Camata.
(ADRIANO CEOLIN)
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