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PRECATÓRIOS
Pitta diz que
Justiça vai
inocentá-lo
da enviada especial a São Carlos (SP)
O prefeito de São Paulo, Celso
Pitta, disse ontem que será inocentado na Justiça das acusações feitas
pela CPI dos Precatórios.
Anteontem, a CCJ (Comissão de
Constituição e Justiça) do Senado
manteve o relatório de Roberto
Requião (PMDB-PR), que acusa
Pitta, então secretário das Finanças de São Paulo, de irregularidades na emissão de títulos públicos
na gestão Paulo Maluf (93/96).
Agora o relatório será enviado ao
Ministério Público, que poderá
entrar com ação na Justiça contra
Pitta e os demais acusados de envolvimento -entre eles, Maluf.
"Com a conclusão dos trabalhos
da CPI, o caso passa para a esfera
do Judiciário, onde haverá um julgamento com total isenção e imparcialidade", afirmou Pitta.
"A Justiça dará, com toda certeza, um veredicto favorável a nós",
afirmou, referindo-se a Maluf.
Segundo o prefeito, os trabalhos
da CPI tiveram uma conotação
eminentemente "política". Pitta
usa o mesmo termo para qualificar
todas as acusações que sofreu desde que assumiu a prefeitura.
"Estamos em uma pré-campanha para a eleição de 98. Uma
pré-campanha que já está tendo
uma conotação bastante violenta
por parte dos opositores das administrações Maluf e Pitta", disse.
Pitta afirma que as acusações vão
continuar até 3 de outubro de 1998
-data prevista para o primeiro
turno das eleições-, mas considera que a sua imagem e a de Maluf
não serão abaladas.
Maluf
Em São Carlos (SP), Maluf afirmou que a decisão da CCJ é "soberana". "Não há o que reclamar.
Mas, no que se refere a mim, a primeira decisão foi modificada. O
relator Roberto Requião verificou
que o relatório do Banco Central
(sobre as irregularidades) nunca
foi entregue a mim."
Na opinião de Maluf, a ex-prefeita Luiza Erundina (PT) e o governador Mário Covas (PSDB) usaram o mesmo procedimento que
Pitta na emissão de títulos.
"Por que ninguém fala em convocá-los para depor sobre isso?
Porque eles não assustam mais
ninguém, e nós estamos em primeiro nas pesquisas."
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