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No poder, PT fica mais tolerante nas alianças
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT pretende adotar nas eleições de 2004 sua política mais ampla de alianças na história, sem
restrições a quaisquer partidos,
inclusive os de oposição.
"Os critérios gerais são tentar
reproduzir a aliança nacional e
acertar apoios com lideranças
com perfis democráticos e éticos.
Mas, em princípio, não há vetos,
mesmo a partidos de oposição,
como o PSDB", diz o presidente
nacional do PT, José Genoino.
Reproduzir a aliança nacional
significa tentar acordos que incluam partidos como PMDB, PL,
PTB, PSB, PC do B, PDT, PPS, PP
e PV, que apóiam o governo Lula.
Na eleição de 2000, a Executiva
Nacional do PT impediu mais de
180 coligações municipais que envolviam partidos como PSDB,
PFL, PMDB e PPS.
Um exemplo da nova estratégia
do PT é a resposta de Genoino sobre a possibilidade de acordos do
partido com o PP de Paulo Maluf.
"Em São Paulo, esta possibilidade não está posta em discussão.
Mas o PP tem votado com o governo. Tem lideranças importantes em cidades ligadas aos agronegócios, onde, por exemplo, pode
haver acordos", diz Genoino.
O PT administra 191 cidades,
sendo oito capitais -São Paulo,
Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Belém, Goiânia, Aracaju e
Macapá. Quer a reeleição em ao
menos metade dessas cidades.
Pretende adotar ainda uma política de apoio a nomes de outros
partidos em locais que tenha poucas chances reais de vitória. "O PT
precisa ganhar capilaridade. Temos menos de 10% do total de
prefeituras de partidos com PSDB
e PFL", declara Genoino.
As eleições seriam a primeira
avaliação nas urnas da gestão Lula, mas Genoino não acredita na
nacionalização dos temas.
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