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São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2003

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No poder, PT fica mais tolerante nas alianças

DA REPORTAGEM LOCAL

O PT pretende adotar nas eleições de 2004 sua política mais ampla de alianças na história, sem restrições a quaisquer partidos, inclusive os de oposição.
"Os critérios gerais são tentar reproduzir a aliança nacional e acertar apoios com lideranças com perfis democráticos e éticos. Mas, em princípio, não há vetos, mesmo a partidos de oposição, como o PSDB", diz o presidente nacional do PT, José Genoino.
Reproduzir a aliança nacional significa tentar acordos que incluam partidos como PMDB, PL, PTB, PSB, PC do B, PDT, PPS, PP e PV, que apóiam o governo Lula.
Na eleição de 2000, a Executiva Nacional do PT impediu mais de 180 coligações municipais que envolviam partidos como PSDB, PFL, PMDB e PPS.
Um exemplo da nova estratégia do PT é a resposta de Genoino sobre a possibilidade de acordos do partido com o PP de Paulo Maluf.
"Em São Paulo, esta possibilidade não está posta em discussão. Mas o PP tem votado com o governo. Tem lideranças importantes em cidades ligadas aos agronegócios, onde, por exemplo, pode haver acordos", diz Genoino.
O PT administra 191 cidades, sendo oito capitais -São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Belém, Goiânia, Aracaju e Macapá. Quer a reeleição em ao menos metade dessas cidades.
Pretende adotar ainda uma política de apoio a nomes de outros partidos em locais que tenha poucas chances reais de vitória. "O PT precisa ganhar capilaridade. Temos menos de 10% do total de prefeituras de partidos com PSDB e PFL", declara Genoino.
As eleições seriam a primeira avaliação nas urnas da gestão Lula, mas Genoino não acredita na nacionalização dos temas.



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