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Painel
Renata Lo Prete - painel@uol.com.br
Mutirão
Depois de transformar Aécio Neves em cabo eleitoral na propaganda de televisão, a campanha de Geraldo Alckmin começou a coletar uma série de depoimentos de aliados para levar ao ar na reta final. A lista
é encabeçada por José Serra, candidato do PSDB ao
governo de São Paulo, que já gravou três comerciais.
Inclui ainda os pefelistas Paulo Souto, governador da
Bahia, e Cesar Maia, prefeito do Rio, além do tucano
Marconi Perillo, ex-governador de Goiás.
A idéia dos responsáveis pela comunicação da campanha de Alckmin é tentar fortalecer os laços regionais do candidato, principalmente nos Estados com
maior concentração de eleitores.
Cadeira vazia. Lula foi
aconselhado por ministros a
não comparecer ao debate da
Globo, a despeito de declarações em contrário que teriam
sido dadas por seu marqueteiro, João Santana, à emissora.
Auxiliares disseram ao presidente que ele só teria a perder.
Também no PT ninguém quer
saber de "risco calculado".
Bico. O quórum de apoiadores de Alckmin no debate de
anteontem na TV Gazeta estava mais alto fora do que
dentro do estúdio. Os 32 cabos eleitorais que balançavam
bandeiras do tucano na Avenida Paulista, em frente à
emissora, ganharam R$ 20
pelo dia de trabalho.
Sem anestesia. A disputa
entre PT e PSDB chegou à cadeira do dentista. Boletim da
campanha do presidente
compara os governos dos dois
partidos no quesito saúde bucal, e provoca: "Quanta cárie
nos anos FHC! Quanto sorriso no governo Lula!".
Pijama. José Alencar (PRB)
brincou com empresários catarinenses ontem, em evento
de campanha, ao defender
que a eleição se resolva já em
1º de outubro: "Faço 75 anos
no dia 17. Vai que alguém resolve me dar uma aposentadoria compulsória."
Faro fino. Um dia antes de
o governo boliviano anunciar
que assumiria o controle das
refinarias da Petrobras no
país, o blog do ex-ministro José Dirceu recomendava que
era "preciso acompanhar os
acontecimentos da Bolívia".
Cofre. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) obteve
em Washington compromisso do Banco Interamericano
de Desenvolvimento com
uma linha de crédito de US$
800 mi para o programa Pró-Cidade, destinado a obras de
infra-estrutura urbana.
Bicadas. A Justiça Eleitoral
do Ceará determinou busca e
apreensão nos comitês do governador tucano Lúcio Alcântara para verificar a existência
de material apócrifo contra
Tasso Jereissati, presidente
do PSDB. O pedido saiu da direção nacional do partido.
Arrastão. Aliados de Cid
Gomes (PSB) dão a fatura para o governo cearense como
liquidada. E anunciam um esforço concentrado para eleger
Inácio Arruda (PC do B) para
o Senado. No programa de TV
de Arruda se revezam Ciro
Gomes (PSB), a prefeita Luizianne Lins (PT) e o ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB).
Margem ampla 1. A TV
Gazeta, da família de Fernando Collor (PRTB), enfim divulgou pesquisa Ibope sobre a
disputa ao Senado em Alagoas. Os números passam longe do levantamento feito pelo
Gape, instituto do grupo empresarial do ex-presidente,
que o apontava como líder.
Margem ampla 2. Segundo o levantamento do
Ibope, Collor está nove pontos percentuais atrás de Ronaldo Lessa (PDT), que tem
35% de intenção de voto.
Outro lado. João Avamileno nega que tenha retirado
apoio a Mercadante. O prefeito de Santo André diz que,
sempre quando sua "agenda
permite", participa das atividades da campanha do petista
ao governo de São Paulo.
Tiroteio
"Gabrielli fez da Petrobras um diretório do PT,
apareceu no programa partidário e agora quer
posar de vítima. Escândalo é esta inversão de
valores, típica do universo petista."
Do senador CESAR BORGES (PFL-BA) sobre o presidente da Petrobras,
Sérgio Gabrielli, que classificou como um "escândalo" a divulgação de
dados mostrando favorecimento ao PT em patrocínios da estatal.
Contraponto
Especialidades
O debate dos presidenciáveis anteontem na TV Gazeta
teve seu primeiro bloco dedicado a perguntas temáticas.
Pelo sorteio dos assuntos a serem comentados pelos candidatos, Geraldo Alckmin (PSDB) teve de falar de segurança, questão central hoje em São Paulo. Já Heloísa Helena (PSOL) ficou com a saúde, área em que atuou como
enfermeira. Na seqüência, saiu o tema de Cristovam
Buarque (PDT): para sua felicidade, educação.
Em meio às risadas da platéia, o vereador Tião Farias
(PSDB) comentou com o colega que estava ao seu lado:
-Faltou o Lula para balancear. Se estivesse aqui, na
certa seria sorteado para falar do mensalão.
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