São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 2006

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Painel

Renata Lo Prete - painel@uol.com.br

Mutirão

Depois de transformar Aécio Neves em cabo eleitoral na propaganda de televisão, a campanha de Geraldo Alckmin começou a coletar uma série de depoimentos de aliados para levar ao ar na reta final. A lista é encabeçada por José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, que já gravou três comerciais.
Inclui ainda os pefelistas Paulo Souto, governador da Bahia, e Cesar Maia, prefeito do Rio, além do tucano Marconi Perillo, ex-governador de Goiás.
A idéia dos responsáveis pela comunicação da campanha de Alckmin é tentar fortalecer os laços regionais do candidato, principalmente nos Estados com maior concentração de eleitores.

Cadeira vazia. Lula foi aconselhado por ministros a não comparecer ao debate da Globo, a despeito de declarações em contrário que teriam sido dadas por seu marqueteiro, João Santana, à emissora. Auxiliares disseram ao presidente que ele só teria a perder. Também no PT ninguém quer saber de "risco calculado".

Bico. O quórum de apoiadores de Alckmin no debate de anteontem na TV Gazeta estava mais alto fora do que dentro do estúdio. Os 32 cabos eleitorais que balançavam bandeiras do tucano na Avenida Paulista, em frente à emissora, ganharam R$ 20 pelo dia de trabalho.

Sem anestesia. A disputa entre PT e PSDB chegou à cadeira do dentista. Boletim da campanha do presidente compara os governos dos dois partidos no quesito saúde bucal, e provoca: "Quanta cárie nos anos FHC! Quanto sorriso no governo Lula!".

Pijama. José Alencar (PRB) brincou com empresários catarinenses ontem, em evento de campanha, ao defender que a eleição se resolva já em 1º de outubro: "Faço 75 anos no dia 17. Vai que alguém resolve me dar uma aposentadoria compulsória."

Faro fino. Um dia antes de o governo boliviano anunciar que assumiria o controle das refinarias da Petrobras no país, o blog do ex-ministro José Dirceu recomendava que era "preciso acompanhar os acontecimentos da Bolívia".

Cofre. O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) obteve em Washington compromisso do Banco Interamericano de Desenvolvimento com uma linha de crédito de US$ 800 mi para o programa Pró-Cidade, destinado a obras de infra-estrutura urbana.

Bicadas. A Justiça Eleitoral do Ceará determinou busca e apreensão nos comitês do governador tucano Lúcio Alcântara para verificar a existência de material apócrifo contra Tasso Jereissati, presidente do PSDB. O pedido saiu da direção nacional do partido.

Arrastão. Aliados de Cid Gomes (PSB) dão a fatura para o governo cearense como liquidada. E anunciam um esforço concentrado para eleger Inácio Arruda (PC do B) para o Senado. No programa de TV de Arruda se revezam Ciro Gomes (PSB), a prefeita Luizianne Lins (PT) e o ex-ministro Eunício Oliveira (PMDB).

Margem ampla 1. A TV Gazeta, da família de Fernando Collor (PRTB), enfim divulgou pesquisa Ibope sobre a disputa ao Senado em Alagoas. Os números passam longe do levantamento feito pelo Gape, instituto do grupo empresarial do ex-presidente, que o apontava como líder.

Margem ampla 2. Segundo o levantamento do Ibope, Collor está nove pontos percentuais atrás de Ronaldo Lessa (PDT), que tem 35% de intenção de voto.

Outro lado. João Avamileno nega que tenha retirado apoio a Mercadante. O prefeito de Santo André diz que, sempre quando sua "agenda permite", participa das atividades da campanha do petista ao governo de São Paulo.

Tiroteio

"Gabrielli fez da Petrobras um diretório do PT, apareceu no programa partidário e agora quer posar de vítima. Escândalo é esta inversão de valores, típica do universo petista."
Do senador CESAR BORGES (PFL-BA) sobre o presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, que classificou como um "escândalo" a divulgação de dados mostrando favorecimento ao PT em patrocínios da estatal.

Contraponto

Especialidades

O debate dos presidenciáveis anteontem na TV Gazeta teve seu primeiro bloco dedicado a perguntas temáticas. Pelo sorteio dos assuntos a serem comentados pelos candidatos, Geraldo Alckmin (PSDB) teve de falar de segurança, questão central hoje em São Paulo. Já Heloísa Helena (PSOL) ficou com a saúde, área em que atuou como enfermeira. Na seqüência, saiu o tema de Cristovam Buarque (PDT): para sua felicidade, educação.
Em meio às risadas da platéia, o vereador Tião Farias (PSDB) comentou com o colega que estava ao seu lado:
-Faltou o Lula para balancear. Se estivesse aqui, na certa seria sorteado para falar do mensalão.


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