DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PT decidiu reduzir o peso dos programas de governo setoriais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já vinham sendo criticados pelo tom genérico. Agora, eles serão apresentados diretamente no site de campanha e enviados para diretórios e comitês do partido, sem eventos de lançamento.
Hoje, completa-se um mês além do prazo inicialmente estipulado pela campanha de Lula para divulgação destes cadernos, que era 15 de agosto. Ontem, a assessoria do comitê petista informava que ainda não há prazo para a apresentação dos documentos, mesmo com a proximidade da eleição. O formato tampouco está definido: não se sabe nem mesmo quantos serão os cadernos. Devem ficar entre 25 e 30.
A confusão retrata a pouca importância que o próprio Lula vem dando aos seus programas de governo. Além de genéricos, os programas serão no máximo uma "inspiração" para um eventual segundo mandato. O próprio coordenador da equipe que prepara os programas, Marco Aurélio Garcia, já admitiu que eles não devem se confundir com o "plano de ação" adotado pelo presidente nos próximos quatro anos.
A idéia era repetir a experiência de 2002, quando 11 cadernos foram divulgados em eventos. Apenas um texto-base do programa, resumido, foi apresentado até agora por Lula. O tom geral foi a promessa de "manter", "continuar" e "prosseguir" com o que já vem sendo feito.
(FÁBIO ZANINI)


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