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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Lula foi omisso na segurança, diz Alckmin
Tucano mostrou ontem à noite na TV viagem surpresa à fronteira com o Paraguai e atacou trabalho da Polícia Federal
No programa, candidato
ignorou o PCC; Lula pouco
apareceu, pois sua coligação
foi punida com perda de
5min45s de seus 7min12s
MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO
Uma semana após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticar a política de segurança paulista, o presidenciável
Geraldo Alckmin (PSDB) mostrou programa ontem só sobre
o assunto, mostrando suas realizações como governador e
acusando o governo federal de
omissão. No entanto, o tucano
não citou o PCC (Primeiro Comando da Capital) e a crise que
atinge São Paulo desde maio.
Apesar de não falar em PCC,
Alckmin mostrou imagens de
rebeliões ocorridas em março
de 2001, quando ele tinha assumido. "Geraldo reage com equilíbrio, firmeza e sufoca os motins", afirmou seu locutor.
Como vem fazendo, o tucano
tentou federalizar o problema,
criticando o adversário. Acusou
o petista de não cumprir o que
prometeu e afirmou que, "nesses quatro anos, ele se omitiu".
"Tem problema em praticamente todos os Estados do Brasil. E por quê? Porque o atual
presidente simplesmente não
fez a parte dele", disse.
No mesmo dia em que foi
acusado de omissão, Luiz Inácio Lula da Silva pouco apareceu na TV. Sua coligação foi punida à noite com a perda de
5min45s dos 7min12s que tem.
Fronteiras
Como havia feito no programa sobre estradas, Alckmin fez
uma viagem até a fronteira do
Brasil com o Paraguai, no Paraná, para mostrar falhas de policiamento. "Não tem polícia,
não tem fiscalização. Por aqui,
passa droga, arma, carro roubado... E essa é uma tarefa do governo federal", disse o tucano.
Na última quinta, FHC afirmou em uma carta aberta que
"o sistema prisional [em São
Paulo] está abarrotado e, há
que reconhecer, não foi capaz
de dar tratamento adequado à
massa de presos". Ontem, Alckmin exibiu imagens de presídios e disse ter construído 75.
O tucano também lembrou
que ajudou, a pedido, o governo
federal quando recebeu duas
vezes o traficante Fernandinho
Beira-Mar. "Ajudei, porque para mim não interessa se somos
adversários na política. Para
mim, o inimigo é o crime."
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