São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA

Lula foi omisso na segurança, diz Alckmin

Tucano mostrou ontem à noite na TV viagem surpresa à fronteira com o Paraguai e atacou trabalho da Polícia Federal

No programa, candidato ignorou o PCC; Lula pouco apareceu, pois sua coligação foi punida com perda de 5min45s de seus 7min12s


MICHELE OLIVEIRA
DA REDAÇÃO

Uma semana após o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticar a política de segurança paulista, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) mostrou programa ontem só sobre o assunto, mostrando suas realizações como governador e acusando o governo federal de omissão. No entanto, o tucano não citou o PCC (Primeiro Comando da Capital) e a crise que atinge São Paulo desde maio.
Apesar de não falar em PCC, Alckmin mostrou imagens de rebeliões ocorridas em março de 2001, quando ele tinha assumido. "Geraldo reage com equilíbrio, firmeza e sufoca os motins", afirmou seu locutor.
Como vem fazendo, o tucano tentou federalizar o problema, criticando o adversário. Acusou o petista de não cumprir o que prometeu e afirmou que, "nesses quatro anos, ele se omitiu".
"Tem problema em praticamente todos os Estados do Brasil. E por quê? Porque o atual presidente simplesmente não fez a parte dele", disse.
No mesmo dia em que foi acusado de omissão, Luiz Inácio Lula da Silva pouco apareceu na TV. Sua coligação foi punida à noite com a perda de 5min45s dos 7min12s que tem.

Fronteiras
Como havia feito no programa sobre estradas, Alckmin fez uma viagem até a fronteira do Brasil com o Paraguai, no Paraná, para mostrar falhas de policiamento. "Não tem polícia, não tem fiscalização. Por aqui, passa droga, arma, carro roubado... E essa é uma tarefa do governo federal", disse o tucano.
Na última quinta, FHC afirmou em uma carta aberta que "o sistema prisional [em São Paulo] está abarrotado e, há que reconhecer, não foi capaz de dar tratamento adequado à massa de presos". Ontem, Alckmin exibiu imagens de presídios e disse ter construído 75.
O tucano também lembrou que ajudou, a pedido, o governo federal quando recebeu duas vezes o traficante Fernandinho Beira-Mar. "Ajudei, porque para mim não interessa se somos adversários na política. Para mim, o inimigo é o crime."


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