São Paulo, domingo, 15 de outubro de 2000 |
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PAINEL Fim de festa O escritório internacional que o Itamaraty mantém no Rockefeller Center, em Nova York, deve mudar de endereço. O ministério está inclinado a não renovar o aluguel. Reflexo do desgaste provocado pelos R$ 242 mil mensais que paga pelo prédio da embaixada em Berlim. Meus sais! Os gastos do Itamaraty, verdadeira caixa-preta da administração pública, viraram um problemão para o Planalto. Fala-se agora em detalhar seus contratos no Siafi (sistema informatizado de acompanhamento dos gastos federais), como já ocorre com os demais ministérios. Obra de Maquiavel De uma velha raposa do Parlamento, sobre o saldo político das eleições municipais: "O fiasco do governo nas urnas mostra que FHC destruiu os partidos da base aliada ao mesmo tempo em que conseguiu mantê-la coesa em torno de si. Nessa toada, vamos acabar implorando para que ele assuma pessoalmente a tarefa de abater Lula em 2002". O jogo de cada um Na seara carlista, a empreitada para fazer de Sarney o próximo presidente do Senado vem sendo equacionada nos seguintes termos: "De agora em diante, ACM faz o jogo bruto e Sarney fica com a parte light". Bom conselho Recado que Sarney enviou a Jader por meio de amigos comuns: o paraense precisa ter "equilíbrio e bom senso" na disputa com ACM. Do contrário, pode sair muito machucado. O Senado não quer a manutenção desse confronto em 2001. Guerra na mídia Maior cabo eleitoral de Sarney, ACM responsabiliza o consultor político Ney Figueiredo, que estaria a serviço do ministro Fernando Bezerra (Integração Nacional), do PMDB, pela tentativa de divulgar que a candidatura de Jader Barbalho à presidência do Senado são favas contadas. Combustão à vista O Ministério das Minas e Energia detectou que revendedores de gás de cozinha, que é subsidiado, aumentaram sua margem de lucro em mais de 30% em São Paulo e no Paraná, onde os preços estão liberados. O governo diz que vai reagir. Bronca federal Um despacho duro de Edson Vidigal, do STJ, levou a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo a interromper o que o ministro chamou de "estratégia procrastinatória": adiar o envio de informações à Justiça em processo contra Covas, acusado de quebrar a ordem cronológica no pagamento de precatórios. Desencontro marcado Vidigal diz que o não cumprimento de decisão judicial favorece a impunidade. Ele foi relator da notícia-crime contra Covas em 96 por supostos acordos irregulares com credores. Rosali de Paula Lima, nova procuradora-geral do Estado, alega desencontro de informações. Medo de ser feliz Depois do apoio indireto de Mário Amato ao PT, quando defendeu o voto útil em Marta, empresários de peso evitam manifestar sua preferência por Maluf. O temor ao MST e ao petismo no meio empresarial paulista ainda é maior do que parece. Silêncio útil Explicação de um analista político para o voto envergonhado em Maluf: se um empresário diz que vai votar em Marta, ninguém lhe pede explicações. O mesmo não ocorre se a preferência for para o candidato pepebista, marcado por denúncias de irregularidades na prefeitura. MST do B Angelo Vanhoni (PT), líder nas pesquisas de Curitiba, trabalha para ampliar o "MST" na cidade. Mas, na língua do petista, a sigla significa Movimento dos Sem Taniguchi, uma ironia ao prefeito, candidato pelo PFL. TIROTEIO De Paulo Maluf, candidato à prefeitura, sobre o comportamento que pretende adotar no debate com Marta Suplicy, amanhã, na TV Bandeirantes: - Vou tratar apenas de temas administrativos e mostrar que o PT é um partido incompetente. Costumo ser um gentleman com as mulheres. Se o debate fosse contra o senador Suplicy, eu partiria ele ao meio. CONTRAPONTO O pai da Bahia
Luís Eduardo Magalhães,
morto em 21 de abril de 98, era
pré-candidato ao governo da
Bahia quando foi visitar a pequena cidade de Canavieiras,
perto de Ilhéus, no sul do Estado, onde seriam inauguradas
obras. Acompanhado de seu
pai, o senador ACM, o deputado
foi recebido com muita festa pelo prefeito local, Almir Mello. |
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