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URNA ELETRÔNICA
Entenda a questão da segurança
RECONTAGEM
As urnas eletrônicas, por contabilizarem automaticamente cada voto, não permitem recontagem
RISCO: para o perito da Polícia Civil
Carlos Coana, eventuais erros ou
fraudes na programação poderiam
desviar votos, já que o que aparece
na tela não é necessariamente o
que é processado. O ideal, para ele,
seria imprimir todos os votos
RESPOSTA: Oswaldo Imamura, um
dos responsáveis técnicos pela urna, afirma que o risco sempre existe e que técnicos analisam os programas várias vezes. Para ele, a saída é a análise exaustiva do programa, já que a impressão e a recontagem foram afastadas devido ao
tempo e aos custos envolvidos
OUTRO LADO: Coana afirma que a
segurança das eleições não pode
ser decidida com base em custos
FISCALIZAÇÃO DOS PARTIDOS
Os partidos precisam de técnicos
especializados para fiscalizar os
programas das urnas
RISCO: os partidos não têm técnicos preparados para a fiscalização.
Para Coana, ela deveria ser feita
com mais tempo, já que exige uma
análise técnica detalhada dos programas. Sem fiscalização completa, diz, a segurança depende da
confiança depositada nos responsáveis pelo sistema
RESPOSTA: Imamura diz que, por
seis dias, o TSE mantém uma sala
aberta aos fiscais dos partidos para
que o programa seja examinado.
Como ele é produzido em módulos, a fiscalização ficaria mais fácil
OUTRO LADO: Márcio Teixeira, técnico convidado pelo PT para fiscalizar as urnas, afirma que não são
dadas garantias de que os programas examinados serão exatamente os mesmos instalados nas urnas.
Imamura afirma que foram reparados pequenos erros na programação após o exame, e essas correções não foram levadas aos partidos para verificação
EQUIPAMENTO
O equipamento usado nas urnas,
comprado em licitação, é padrão
de mercado, fabricado pela empresa Procomp e comprado em licitação pública
RISCO: Coana diz que, por ser compatível com o mercado, o sistema
está tecnicamente exposto aos
mesmos ataques que podem sofrer os computadores pessoais, inclusive vírus. Para o perito, o ideal
seria o TSE desenvolver componentes específicos
RESPOSTA: Imamura concorda e
diz que a hipótese chegou a ser levantada no início do projeto da urna eletrônica, mas o custo inviabilizaria a modernização. Para reduzir os riscos, foram instalados sensores e modificadas partes do sistema para identificar digitalmente
cada urna
OUTRO LADO: Coana afirma que
deveria haver preocupação maior
com a segurança lógica do sistema
VOTO SECRETO
A senha que libera a urna para votação é o número do título do eleitor
RISCO: segundo Coana, se os votos
são registrados em um índice,
existem meios de relacionar eletronicamente eleitores e votos
RESPOSTA: segundo Imamura, os
votos são apenas somados. "O voto individual deixa de existir depois da confirmação". Este é o
principal motivo pelo qual não há
recontagem
OUTRO LADO: para Coana, a desconexão entre os votos e os eleitores não foi provada. A mesma unidade de processamento (a urna)
identifica o eleitor e contabiliza o
voto
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