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PALÁCIO EM REFORMA
Residência oficial de Lula terá restauração de R$ 16 mi, que deve durar 8 meses e será bancada por 23 empresários
Mais empresas financiarão obra no Alvorada
JULIA DUAILIBI
EDUARDO SCOLESE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Às vésperas da restauração do
Palácio da Alvorada, mais empresas aderiram ao conjunto de entidades que irão financiar as obras
da residência oficial do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva. Já são 23
empresas que devem bancar os
gastos de até R$ 16 milhões.
Ao contrário do que estava sendo divulgado, o custo da obra não
será pago apenas por empresários
ligados à Abdib (Associação Brasileira da Infra-Estrutura e Indústrias de Base). Entrarão no "pool"
das financiadoras empresas que
não são sócias da entidade, como
Pão de Açúcar, Cutrale, Gerdau e
Companhia Suzano de Papel e
Celulose. Na terça, o presidente
receberá em jantar, na Granja do
Torto, os representantes das empresas que irão financiar a obra.
Em junho, num primeiro jantar
realizado com o presidente Lula e
no qual foi colocada a sugestão de
se reformar o Alvorada, participaram apenas sete empresários,
além do presidente da Abdib na
época, José Augusto Marques.
Na ocasião, o presidente reclamou do estado de conservação do
palácio. Como resposta, os empresários presentes se prontificaram a ajudar na reforma do Alvorada. Segundo relatos, teria chegado ao ponto de faltar água no
banheiro privativo de Lula. Para
comprovar a necessidade da reforma, o presidente levou o grupo
a um tour pelo Alvorada. À época,
o convite feito para o jantar foi para celebrar a realização de um seminário sobre infra-estrutura.
No encontro da próxima terça-feira, haverá uma apresentação
do plano de comunicação que será criado para que haja o acompanhamento da restauração por
parte dos financiadores. A obra
deve durar oito meses. O objetivo
dos empresários é que o custo não
ultrapasse os R$ 16 milhões que
foram estimados inicialmente.
Foi formada uma comissão
composta por integrantes da Casa
Civil, do escritório do arquiteto
Oscar Niemeyer, que é o responsável pelo projeto do Alvorada, do
Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional, da Abdib e
da Fundação Ricardo Franco, que
é ligada ao Instituto Militar de Engenharia. A fundação será a responsável pela execução da obra,
além de ter a função de recolher
todas as doações de empresários.
Um endereço na internet ligado
à página da Abdib na rede será
abastecido diariamente com fotos
da reforma que será feita no Palácio da Alvorada. Um artista plástico irá registrar as imagens para
que seja realizada posteriormente
uma exposição a respeito do trabalho de restauração no local.
A avaliação da situação no Alvorada mostra que a principal dificuldade até agora é a parte elétrica. De acordo com os estudos técnicos, é essa a área que está mais
danificada. Haverá também algumas mudanças no sistema hidráulico do palácio.
Em troca do patrocínio, os empresários devem, oficialmente,
ganhar um agradecimento formal
de Lula após a doação para a reforma e uma faixa com os respectivos nomes das empresas nas
proximidades do Alvorada -cuja restauração foi autorizada pelo
Iphan. Por causa da restauração, o
presidente Lula e a primeira-dama, Marisa Letícia, mudaram-se
para a Granja do Torto no dia 4.
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