São Paulo, sexta-feira, 15 de outubro de 2004

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SAÚDE

Aparelho colocado no senador servirá para corrigir batimentos cardíacos

ACM recebe desfibrilador no coração

DA REPORTAGEM LOCAL

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), 77, sofreu ontem pela manhã uma cirurgia para implantar um desfibrilador automático no coração -o aparelho detecta e corrige qualquer disritmia (batimentos irregulares) que aconteça no órgão.
Segundo a assessoria de imprensa do Incor (Instituto do Coração), em São Paulo, onde o senador foi operado, ACM não teve nenhum problema já dentro do hospital, onde está internado desde domingo, que levasse à decisão de instalar o desfibrilador.
A decisão foi tomada, ainda segundo a assessoria, após os resultados dos exames de rotina que ele vinha realizando desde quando foi internado.
O senador baiano sofre de insuficiência cardíaca crônica. Em 1989, ACM sofreu um infarto do miocárdio (músculo cardíaco), e foi submetido a uma operação de emergência no próprio Incor para a implantação de quatro pontes (duas safenas e duas mamárias).
Boletim médico divulgado ontem à tarde dizia que o pefelista estava consciente e iria em seguida para o quarto. A operação durou duas horas e terminou às 10h30. A assessoria do Incor informou que ACM passa bem e que, a princípio, deve ficar mais dois ou três dias no hospital.
O cardiologista Sérgio Timerman, presidente da Fundação Interamericana do Coração, diz que problemas de disritmia são seqüelas possíveis em pessoas que tenham sofrido infarto.
"Quando você tem um infarto como ele teve, no passado, é bem possível que tenha alguma seqüela que leva a uma disritmia no coração. Podem ser muito bem tratadas com medicamento, mas quando se tornam freqüentes, a disritmia ventricular pode ser potencialmente fatal", ele diz.
Nesse caso, diz, "o coração bate, mas de maneira caótica, desorganizada". "Se isso se mantiver por um período prolongado, ameaça a vida, porque esse coração está perdendo a função dele de batimento contínuo."
A cirurgia para implantação do desfibrilador é descrita pelo médico como um procedimento simples. O equipamento pode dar choques no coração, quando for necessário corrigir o ritmo do batimento. "Ele tem a capacidade de detectar a disritmia maligna. Ao fazê-lo, dá um choque, porque essa disritmia é potencialmente fatal. O aparelho fica inibido, "observando" o ritmo do paciente, e em qualquer alteração, ele entra em ação."


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