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São Paulo, sábado, 15 de novembro de 2003

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PAINEL

Pista bloqueada
Empreiteiras e empresas de manutenção de rodovias preparam um manifesto, a ser entregue a Lula no início de dezembro, para cobrar da União R$ 410 milhões. Além da conta, apresentarão críticas ao governo pelo que consideram abandono das estradas brasileiras.

Malha furada
No cálculo das empreiteiras, são necessários R$ 5 bilhões por ano para manter a malha rodoviária, item ao qual o governo destinou, até agora, R$ R$ 300 milhões. Na gestão FHC, a média foi de R$ 700 milhões anuais.
Dentro do possível
O Ministério dos Transportes confirma os números das empresas. Diz, no entanto, estar operando dentro da realidade orçamentária. Embora anunciado como prioritário, o trabalho de recuperação da malha rodoviária deverá terminar, na melhor das hipóteses, em dois anos.

Assunto de família
Lula entregará nas mãos do PL o destino de Anderson Adauto (Transportes) e nas do PSB a sorte de Roberto Amaral (Ciência e Tecnologia). Ainda que o presidente faça avaliação negativa dos dois ministros, eles podem sobreviver se bancados por seus respectivos partidos.

A mulher que calculava
Escalada pelo Planalto para contabilizar votos favoráveis e contrários às reformas no Senado, Roseana Sarney exercita um antigo talento. A pefelista teve o mesmo papel na Constituinte realizada no governo de seu pai. Sob FHC, fez as contas para aprovar a emenda da reeleição.

Barulho por nada
Depois de muita insistência, o senador tucano Arthur Virgílio conseguiu instalar, no início de setembro, uma CPI para investigar nomeações feitas pelo PT na área da saúde. Decorridos dois meses, o PSDB ainda não indicou nenhum parlamentar para integrar a comissão.

Pedra bruta
A CPI da Assembléia de Rondônia que investiga o maior garimpo de diamantes do país, instalado na terra indígena Roosevelt, pediu ao governo federal intervenção do Exército. Alega que a autoridade local não consegue conter a violência entre garimpeiros, índios e policiais.

Bandeira branca
Na próxima terça a CPI reúne-se com entidades de direitos humanos para discutir um plano de paz a ser adotado no garimpo de Roosevelt. Anteontem, dois empresários, um advogado e um agente da Polícia Federal foram presos no local por suspeita de exploração ilegal de pedras.

Papel timbrado
Está aberta a licitação para trocar os equipamentos da gráfica da Câmara dos Deputados, negócio de aproximadamente R$ 5 milhões. A presidência da Casa considera que os cerca de cem consertos realizados no maquinário entre maio e outubro deste ano justificam a substituição.

Zona Flórida
Será inaugurado na próxima quinta o primeiro posto da Zona Franca de Manaus nos EUA. Localizado em Broward, na Flórida, o escritório tem por finalidade aumentar as exportações dos produtos nacionais para os mercados americano e europeu.

Visitas à Folha
Cássio Casseb Lima, presidente do Banco do Brasil, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Carlos Alberto Barretto de Carvalho, gerente-executivo da diretoria de marketing e comunicação.
 
Francisco Flamarion Portela, governador de Roraima (PT), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do deputado federal Luciano Castro (PL-RR), do tenente-coronel Adalton Cordovil de Araújo, ajudante de ordens, de Marcelo Mendonça, diretor da MVL Comunicação, e de André Torretta, sócio-diretor da Republica Comunicação, Política e Pesquisa.

TIROTEIO

Do deputado peemedebista Geddel Vieira Lima (BA), contrário à adesão de seu partido a Lula, sobre a demora do governo em dar ministérios à sigla:
-O PMDB está esperando Godot. E está cada vez mais difícil Godot chegar.

CONTRAPONTO

Oposição metaleira

Entre 1997 e 1998, o pefelista Rodrigo Maia foi secretário de Governo do Rio de Janeiro durante o primeiro mandato de seu pai, Cesar Maia, como prefeito da cidade.
Hoje deputado federal, Rodrigo exercia na época, aos 27 anos, seu primeiro cargo público. Na tentativa de compensar a inexperiência, costumava ter longas conversas com o presidente da Câmara Municipal, Sami Jorge, velha raposa da política carioca.
Certo dia, temeroso de que um projeto do prefeito fosse derrotado, Rodrigo ouviu de Jorge palavras tranquilizadoras:
-Calma. Oposição é platéia. Governo é placar.
Projeto aprovado, Rodrigo guardou a frase. Hoje, quando lhe perguntam se o PFL tem chance de derrubar algum projeto do governo Lula, ele repete:
-Oposição é platéia, governo é placar. Nós temos mais é que fazer barulho!


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