São Paulo, quarta-feira, 15 de novembro de 2006 |
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Filho de ex-governador é preso no Pará
Polícia, que prendeu mais 9 pessoas em operação, suspeita que quadrilha fraudou Previdência Social
SÍLVIA FREIRE DA AGÊNCIA FOLHA A Polícia Federal prendeu ontem dez pessoas suspeitas de integrar um esquema de fraudes na Previdência Social, no Pará. Um dos presos é o consultor Marcelo França Gabriel, 38, filho do ex-governador Almir Gabriel (PSDB-PA), que disputou novamente o cargo neste ano, mas foi derrotado. Marcelo Gabriel foi levado para a sede da PF em Belém, onde foi ouvido pelo delegado Caio César Bezerra. Para Clodomir Araújo, advogado do consultor, o envolvimento de seu cliente foi uma tentativa de atingir o ex-governador tucano. O grupo é investigado também sob a acusação de ter montado esquema criminoso para superfaturar e manipular o resultado de licitações públicas para contratação de serviços em órgãos públicos federais. O esquema pode ter causado um prejuízo de R$ 9 milhões aos cofres públicos, de acordo com as investigações. Segundo a PF, empresários investigados teriam transferido suas antigas empresas para nomes de laranjas e aberto novas firmas para manter o esquema. Alguns dos suspeitos já eram investigados. De acordo com o procurador Alexandre Soares, do Ministério Público Federal do Pará, há suspeita de sonegação previdenciária praticada por empresas pertencentes a um mesmo grupo. As prisões são em caráter temporário (por cinco dias e prorrogáveis por mais cinco) para evitar que interferência nas investigações. Os mandados de prisão foram expedidos pela 3ª Vara Federal de Belém. A operação montada pela PF foi batizada de Rêmora -em referência a um peixe que vive grudado ao tubarão e que se alimenta de restos deixados pelo animal- e mobilizou 130 policiais federais dos Estados do Pará, Amapá e Maranhão, além de cinco auditores fiscais da Secretaria da Receita Previdenciária de Belém. Além das prisões, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão em casas e escritórios dos suspeitos em Belém, Manaus e Marabá. Alcaides A Polícia Federal prendeu ontem, em operação denominada Alcaides, pelo menos 16 pessoas acusadas de desviar recursos federais repassados a oito prefeituras do Agreste de Pernambuco. Entre os presos, estão três prefeitos e um deputado estadual. Segundo a PF, as fraudes teriam provocado prejuízo de aproximadamente R$ 10 milhões aos cofres públicos. Os desvios teriam ocorrido na execução de contratos e convênios firmados entre a União e os municípios. Os acusados teriam fraudado licitações e utilizado empresas "fantasmas" para emitir notas fiscais "frias". Auditoria da Controladoria Geral da União constatou os desvios. O Tribunal Regional Federal da 5ª região expediu 21 mandados de prisão e 45 ordens de busca e apreensão. (Colaborou A AGÊNCIA FOLHA, em RECIFE) Texto Anterior: Elio Gaspari: O Incor gostou da UTI do BNDES Próximo Texto: Outro lado: Advogado cogita tentativa de atingir tucano Índice |
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