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Procuradoria pede à Justiça quebra de sigilos do presidente do TCE-SP
Eduardo Bittencourt Carvalho é suspeito de envio ilegal de dinheiro aos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo, órgão da cúpula do Ministério Público estadual, pediu anteontem à Justiça a quebra dos sigilos bancário, fiscal e financeiro do presidente do TCE (Tribunal de
Contas do Estado) de São Paulo
Eduardo Bittencourt Carvalho
e das empresas de propriedade
dele. A medida foi requerida ao
Poder Judiciário para o aprofundamento das investigações
em um inquérito aberto para
apurar denúncias de enriquecimento ilícito do conselheiro.
O requerimento de quebra de
sigilo foi assinada pelo procurador-geral de Justiça Fernando
Grella, que é a autoridade competente para investigar conselheiros do TCE. O pedido foi
distribuído à 1ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo.
As investigações da procuradoria paulista têm como um
dos focos supostas remessas
ilegais de recursos ao exterior
realizadas por Carvalho.
O inquérito, que tramita em
segredo de justiça, tem natureza civil e pode levar a punições
por improbidade administrativa. Em nota, a procuradoria
afirmou que a quebra dos sigilos "é necessária para a investigação que apura denúncia de
eventual enriquecimento ilícito e não implica qualquer juízo
de mérito sobre eventuais responsabilidades".
Outra investigação sobre supostas ilegalidades cometidas
por Carvalho está em curso no
STJ (Superior Tribunal de Justiça). Esse procedimento tem
caráter criminal e foi iniciado a
partir de uma representação da
procuradoria paulista.
Até a tarde de ontem a Vara
da Fazenda Pública ainda não
havia se pronunciado sobre o
pedido de quebra de sigilos, segundo a assessoria de imprensa
do Ministério Público.
Outro lado
A reportagem procurou Carvalho por intermédio da assessoria de imprensa do TCE e foi
informada que ele não iria se
pronunciar pessoalmente sobre o caso ontem.
O advogado do presidente do
TCE, Paulo Sérgio Santo André, disse que Carvalho não
realizou remessas ilegais ao exterior e não cometeu crimes
que teriam resultado no seu
enriquecimento ilícito.
"Não existe dinheiro no exterior, não existe nada disso. As
acusações não tem o menor
sentido. Temos a convicção de
que a inocência dele [Carvalho]
no final vai ficar caracterizada e
bem demonstrada", afirmou
Santo André ontem.
O defensor do conselheiro do
TCE disse que ele ainda não foi
notificado oficialmente sobre o
pedido de quebra de sigilos e
por isso não poderia se pronunciar especificamente sobre o
requerimento feito à Justiça.
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