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Caso Dantas tem semana decisiva na Justiça
Na segunda, TRF pode se manifestar sobre pedido de afastamento de Fausto De Sanctis feito pela defesa do banqueiro
Na terça, juiz decide sobre inscrição para promoção a desembargador; na quarta, termina prazo para Dantas se defender em ação penal
FLÁVIO FERREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A próxima semana será decisiva para o desfecho do caso
Daniel Dantas na Justiça.
Na segunda-feira, o pedido
de afastamento do juiz federal
Fausto De Sanctis, realizado
pelos advogados do banqueiro,
poderá ser levado a julgamento
pelo TRF (Tribunal Regional
Federal) da 3ª Região.
No dia seguinte, termina o
prazo para que De Sanctis decida se vai se inscrever para uma
vaga de desembargador no tribunal, iniciativa que poderá tirá-lo do caso após a eventual
posse no cargo.
A defensa de Dantas tem data
crucial na quarta, quando termina o prazo para apresentação de alegações finais na ação
penal em que o banqueiro é
acusado de corrupção ativa. A
partir desse dia, De Sanctis poderá sentenciar nesta causa.
Os autos do processo de pedido de afastamento do juiz De
Sanctis do caso estão com o desembargador Otávio Peixoto
Júnior, da 5ª Turma do TRF da
3ª Região. Na segunda-feira retrasada, o desembargador pediu a suspensão do julgamento
do requerimento para estudar
o caso. Nesta segunda, ocorre
mais uma sessão da 5ª Turma, e
Peixoto Júnior pode levar o
processo para decisão do colegiado. A relatora do pedido, desembargadora Ramza Tartuce,
já emitiu voto desfavorável ao
afastamento do juiz. O desembargador André Nekatschalow
também faz parte da turma julgadora, mas ainda não se manifestou sobre a ação.
Na terça-feira, é o juiz De
Sanctis quem define o próprio
futuro no caso Dantas. Há uma
vaga aberta de desembargador
no TRF da 3ª Região, resultante da aposentadoria do desembargador José Eduardo Barbosa Santos Neves.
O critério para preenchimento do posto será a antigüidade no exercício do cargo de
juiz federal na área de competência do tribunal- São Paulo e
Mato Grosso do Sul.
O primeiro nesse ranking de
antigüidade é o juiz da 3ª Vara
Federal de Campo Grande
(MS) Odilon de Oliveira, que já
está na magistratura federal há
22 anos. Porém, Oliveira já deixou passar quatro oportunidades de inscrição para a promoção a desembargador por antigüidade e, ontem, afirmou que
novamente não vai buscar um
lugar no tribunal. "Não tenho
perfil para trabalhar em colegiados e não quero deixar Campo Grande", disse.
O segundo na lista dos mais
antigos é exatamente De Sanctis, que é juiz federal há 17 anos.
O prazo para inscrição termina
na terça-feira. Até semana passada, porém, De Sanctis dizia
não ter decidido pela sua candidatura à promoção. A eventual
posse como desembargador tirará De Sanctis da condução
das ações e inquéritos do caso
Dantas.
Fase final
Na quarta-feira, termina o
prazo para que os advogados de
Dantas apresentem suas alegações finais na ação em que o
banqueiro é acusado de oferecer US$ 1 milhão ao delegado
Victor Hugo Alves Ferreira para que ele e seus parentes não
fossem investigados pela Polícia Federal.
Após esse prazo, De Sanctis
já poderá decidir se condena ou
absolve Dantas. Habitualmente, o juiz federal é rápido na elaboração de suas sentenças.
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